Vitória expressiva da PEC dos Precatórios vai mostrar que não houve barganha, diz deputado

Vitor Hugo elogiou a decisão de ministra Rosa Weber, do STF, de não suspender a tramitação da matéria na Câmara dos Deputados e defendeu a votação em segundo turno

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2021 10h46 - Atualizado em 09/11/2021 11h52
Cleia Viana/Câmara dos Deputados Deputado Vitor Hugo usa terno azul, camisa branca e máscara azul no plenário da Câmara Deputado federal Vitor Hugo afirma que decisão de Rosa Weber contra as emendas individuais não deve prejudicar a votação

Em meio ao clima de tensão, trocas de votos e até retida de pré-candidatura a 2022, a Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira, 9, a PEC dos Precatórios em segundo turno. O presidente da Casa, Arthur Lira, afirma que vai conseguir quórum para que a matéria seja apreciada. “O calendário está mantido, não há razão para alterar”, disse o deputado nesta segunda, ressaltando que a suspensão das emendas individuais, conhecidas como “orçamento secreto“, pela ministra Rosa Weber, não irá influenciar na votação. Assim como ele, o deputado Vitor Hugo também defende a apreciação do texto. “O saldo é largamente positivo e vai ficar claro que não houve barganha. A nossa intenção em votar é justamente por isso. Independente do resultado que vai ter nessa ação do orçamento, uma vitória expressiva no meio dessa votação [no STF] vai demonstrar que o interesse nosso, da maioria do parlamento, não tem relação com as emendas. A gente tá vendo o que é melhor para o país”, afirmou, , em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Segundo Vitor Hugo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está equilibrada e abre espaço fiscal para o Auxílio Brasil, mas também a créditos para a compra de vacinas, além de priorizar o pagamento dos precatórios. Por isso, ele defende que a aprovação não tem relação com as emendas, mas com o que é melhor para o país. “A oposição tem tentado carimbar no governo e na Câmara, na maioria formada para aprovação em primeiro turno, uma relação entre a liberação de emendas e a aprovação por 312 votos. E que isso poderia interferir na votação em segundo turno, o que não acreditamos. A maioria votou [pela aprovação da PEC] porque é importante para que tenha um regramento perene sobre os precatórios e não um amento de forma exponencial como aconteceu agora.”

O deputado, no entanto, reconhece que parte dos votos da oposição, que foram favoráveis à PEC dos Precatórios em primeiro turno, podem mudar. Mesmo assim, ele espera um número maior de parlamentares na sessão desta terça-feira, o que, segundo ele, deve garantir a aprovação. Ainda sobre a votação, Victor Hugo considerou “louvável” o posicionamento da ministra Rosa Weber de não suspender a tramitação da matéria na Câmara. Agora, ele espera que o mesmo aconteça para as emendas individuais. “Não existe nada mais nobre no parlamento do que a definição de para onde vai o [dinheiro] que a União tem para gastar. Dizer que o orçamento é secretário é uma falácia, está tudo discriminado”, finalizou.

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