Relator da CPMI da JBS, deputado Carlos Marun diz que vai buscar “somente a verdade”
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi escolhido para ser o relator da CPMI da JBS no Congresso. A comissão tem como objetivo de investigar se houve irregularidades no empréstimo do BNDES ao grupo J&F, responsável pelo controle da JBS.
A criação desta comissão tem sido alvo de muitas críticas no Congresso, que é apontada como uma forma de intimidar procuradores da operação Lava Jato e retaliar os delatores da empresa. Principalmente após as suspeitas de omissão de informações por parte dos executivos da JBS. Marun afirmou que essas críticas não existem e a CPMI vai buscar somente a verdade sobre os fatos.
“Nós vamos buscar a verdade. Nós não estamos aqui pra proteger ninguém. E, obviamente, se existe algum procurador que nesse processo da JBS tenha agido com ilicitude, nós vamos tentar descobrir a verdade. Obviamente ele não será perseguido, mas em relação a sua atuação, nós vamos agir de forma para que a verdade apareça”, disse o deputado.
Paralela à escolha do peemedebista como relator da comissão, há uma informação de que Marun teria recebido R$ 103 mil da JBS para financiar sua campanha a deputado nas eleições de 2014. De acordo com o parlamentar, a verba não foi doada para ele de forma direta e isso não compromete seu trabalho nesta relatoria.
“Eu, na verdade, não recebi doação da JBS. Eu não procurei a JBS. Na verdade, recebi a doação da campanha do candidato a governador, Nelson Trad Filho, e da campanha da candidata ao senado, Simone (Tebet), cerca de R$ 50 mil de cada uma. Eu me sentiria até impedido se fosse o caso de ter uma relação estreita com a JBS, coisa que eu não tenho. Então, me sinto completamente à vontade e tranquilo para o exercício dessa relatoria”, afirmou.
*As informações são de Arthur Scotti
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.