Empresas terão de contratar mais intensamente, avalia CNI

  • 28/02/2018 16h16
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Pedro Revillion/ Palácio Piratini Pedro Revillion/ Palácio Piratini "O aumento do indicador, em 2017, reflete o crescimento de 2,2% no volume produzido e a queda no mesmo ritmo das horas trabalhadas", explica o estudo

Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), falou à Jovem Pan sobre levantamento divulgado nesta quarta-feira que mostra que a indústria brasileira (veja mais dados abaixo) que mostra que a indústria brasileira está trabalhando mais com menos. Houve um aumento de produtividade de 4,5% em 2017.

“Enquanto o empresário não tiver certeza de que a recuperação veio para ficar, que a economia realmente vai começar a deslanchar, ele não volta a contratar”, disse Fonseca.

“A empresa mais produtiva é a que sobrevive à crise, ela consegue manter emprego e ganhar mercado, aumentando sua produção e contratando mais gente”, afirmou também o especialista.

Com a recuperação da economia esperada para 2018, “posteriormente”, diz o economista, “essas empresas vão ter que contratar de uma maneira mais intensiva”. Esse, porém, seria um movimento gradual, e não imediato.

Para Fonseca, os números mostram que os empresários estão mais confiantes e “começando a pensar em voltar a investir” em inovação e eficiência. “Não em capacidade porque a demanda ainda está baixa”, ressaltou.

Ouça a entrevista completa ao Jornal Jovem Pan:

O estudo

A produtividade no trabalho da indústria de transformação cresceu 1,3% no quarto trimestre de 2017 frente ao trimestre imediatamente anterior e fechou o ano com um aumento de 4,5% em relação a 2016. Nos últimos dez anos, de 2007 a 2017, o indicador teve um crescimento de 8,4%, informa o estudo trimestral Produtividade na Indústria, divulgado nesta quarta-feira (28), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A produtividade no trabalho é o resultado da divisão do volume produzido pelas horas trabalhadas na produção. “O aumento do indicador, em 2017, reflete o crescimento de 2,2% no volume produzido e a queda no mesmo ritmo das horas trabalhadas”, explica o estudo.

Veja mais detalhes do estudo completo aqui.

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