Pré-candidato, Marcelinho quer reaproximação entre PSL e Bolsonaro e diz que MP do futebol foi ‘gol de placa’

O ex-jogador deu entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (5) e falou sobre o polêmico encontro com o presidente Jair Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2020 11h23
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Reprodução O ídolo do Corinthians Marcelinho Carioca se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro na semana passada

O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca disse, em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (5), que quer uma reaproximação entre o PSL e o presidente Jair Bolsonaro. Marcelinho é pré-candidato a vereador em São Paulo pela antiga legenda do presidente. Na semana passada, o ídolo do Corinthians causou polêmica ao aparecer ao lado de Bolsonaro e fazer com que o capitão reformado usasse a camisa do clube. “Fiquei feliz, lisonjeado. O encontro com o chefe da nação é para poucos. Ele é um cara maravilhoso, um presidente humilde que fala sua linguagem”, afirmou, dizendo que teve um “papo de boteco” com o presidente e reconhecendo que não esperava uma repercussão tão grande.

Marcelinho afirmou que está se aproximando do presidente e aproveitando o momento em que ele está sendo “traído”. “Nesse momento mais delicado do governo dele, onde todo mundo se afastou, traiu ele, estou chegando para ser solidário como cidadão”, explicou, dizendo que levou ideias ao chefe do governo no encontro da semana passada e que está buscando “as pessoas do bem, que querem o melhor para o nosso país”. O ex-atleta acredita que o PSL deveria fazer o mesmo, o que significa não indicar a deputada federal Joice Hasselmann, opositora do presidente, como candidata à prefeitura de São Paulo. Ele quer que o deputado estadual Gil Diniz seja o candidato. “A Joice representa um distanciamento do Bolsonaro, o Gil Diniz representa aproximação. Quero ver o melhor para o partido”, afirmou, mas ressaltando que vai respeitar a orientação da diretoria.

O ídolo do Corinthians vai disputar as eleições deste ano pelo PSL após concorrer pelo PSB e ser filiado ao PT. Ele afirmou que isso já ficou no passado. “O PT é coisa do passado. A política é dinâmica”, explicou. O ex-jogador se formou em Políticas Públicas e disse que agora entende como as coisas funcionam. “Não tem mais bola nas costas”, prometeu. Apesar de estar no PSL, ele garantiu que vai defender as pautas que acredita. “Minha conversa é bem aberta e tranquila com a nacional [direção nacional do partido]. Defendo minhas bandeiras, da periferia, esporte como inclusão social, escola em tempo integral, resgate e valorização do futebol feminino…”, esclareceu.

MP do futebol

Um dos assuntos discutidos por Marcelinho e Bolsonaro no encontro da semana passa foi a Medida Provisória 984, que altera os direitos de transmissão de partidas de futebol no Brasil. Pela nova MP, os direitos pertencem integralmente ao time mandante, que poderá negociar como bem entender. Para o ex-jogador, isso foi um “gol de placa” do presidente. “A MP do futebol acaba com o monopólio, dá a oportunidade aos clubes da liberdade de escolha”, comemorou. Ele acredita que a nova legislação pode dar mais recursos ao clube pela concorrência de empresas como Amazon, Google e Facebook pela transmissão. “O detalhe é que acabou o monopólio, a coisa está igualitária”, afirmou.

Ainda falando sobre futebol, Marcelinho revelou uma mágoa por não ter disputado a Copa do Mundo de 1998. Ele disse que não foi convocado por interesses pessoais dos chefes da seleção. “Os interesses pessoais falaram mais alto que os interesses da camisa amarelinha”, afirmou. “Respeitei a decisão do Zagallo e do Parreira, mas na consciência do Brasil, o pé de anjo estaria lá, sim. Mas eu não tinha os grandes empresário”, lamentou. Apesar disso, ele comemorou o fato de ser um vencedor no esporte. “Realização no futebol eu tenho, e o Corinthians me levou para o mundo”, disse. “Valeu a pena. Venci no esporte. De onde eu saí e onde cheguei, pude superar minha não convocação para a seleção brasileira”, afirmou o ex-atleta.

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