Diretora da Qsaúde conta como foi viver carreira internacional de bailarina aos 15 anos

Ao programa Mulheres Positivas, Vanessa Gordilho detalhou sua experiência na Alemanha e a transição para a gestão de negócios

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2022 18h35
Reprodução/JovemPan Vanessa Gordilho Vanessa Gordilho no programa Mulheres Positivas

Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu Vanessa Gordilho, diretora da Qsaúde. Em entrevista à Fabi Saad, ela contou que, antes da gestão de negócios, sua carreira começou na área artística, com direito a uma viagem à Alemanha, ainda na adolescência, em busca de carreira internacional na dança. “Coragem faz parte de todas as mudanças. Quando ouço você [Fabi Saad] me descrevendo, lembro de quando eu tinha 15 anos, em Salvador, decidindo ir para a Alemanha. Eu dançava muito bem. Minha mãe tinha uma escola de ballet, e houve um festival em Joinville em que fui eleita bailarina revelação”, contou. “Eu era super clássica, nasci com o tema da arte enraizado na família. Minha mãe foi a primeira bailarina que saiu do Brasil… Largou para casar. Com 14 anos, ganhei essa bolsa de estudos e fui. Me comunicava por cartas e, no terceiro mês, disse que não ia voltar. Dediquei minha vida ao balé. Rodei vários países dançando e fui, de fato, profissional. Não tinha internet, ninguém conseguia saber onde eu estava. Tinha muito resiliência.”

Porém, logo no início da vida adulta, Vanessa repensou sobre o que de fato a fazia feliz. Ela voltou ao Brasil para seu Estado natal, a Bahia, onde cursou comunicação social. “Eu tinha como foco ser uma bailarina tradicional, dançar nos maiores teatros do mundo. Quando completei 18 anos, coloquei em pauta se era isso que me fazia feliz. Tive o discernimento de saber o que queria e decidi voltar. Comprei meu carro com 18 anos, parti de outro início e, em Salvador, fiz faculdade de comunicação social. Junto com a comunicação, eu ainda dançava”, contou. Logo depois, Gordilho foi atrás de outro sonho e se especializou em marketing nos Estados Unidos. “Fui embora fazer uma MBA fora. Fui para a Califórnia e foi maravilhoso.”

No dia a dia, ela traça um plano de metas como mantra para encarar a rotina. “Eu tinha muito essa busca pela perfeição. Eu queria ser perfeita em tudo. Muitas vezes, escuto dizer que falta tempo, mas, na verdade, você fez um monte de coisas e não consegue enxergar porque se cobra muito. A vida é muito cheia de picos”, filosofou. Ela deu detalhes sobre como encara o cotidiano com a família e o trabalho. “São metas alcançáveis. Estava com a meta de estudar espanhol com a minha filha. Achei ferramentas, peguei filmes em espanhol, passei horas com ela. Não são coisas inatingíveis, mas mudam a rotina da casa. Quando engaja, no final do dia vale a pena.”

Como mulher positiva, Vanessa lembrou de Irmã Dulce, que chegou a conhecer pessoalmente. Como filme, ela indicou “Cisne Negro”, sucesso de Darren Aronofsky. ” Sempre olho para me trazer uma alerta de quem eu sou, tenho minhas origens que não quero nunca perder”, avaliou. Como livro, ela indicou “Em Busca de Mim”, autobiografia de Viola Davis, que Gordilho classificou como ‘um soco no estômago’.

Confira na íntegra a entrevista com Vanessa Gordilho:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.