Bolsonaro admite conversas com o PSL e diz ter sido procurado por vários partidos
Presidente afirmou que deve decidir seu ‘futuro político’ até março; deputado Major Vitor Hugo ressaltou que PSL tem ‘caminhado para uma pacificação’
Há mais de um ano sem partido, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 11, que deve decidir seu futuro político até março. Ele disse ter sido procurado por vários partidos em busca de sua filiação para disputar a reeleição em 2022. “Espero decidir até março o meu futuro político. Alguns partidos acenaram para mim, até o próprio PSL. Conversei com o PSL”, afirmou, apesar de considerar que há deputados na sigla “que não dá para conversar”.
Ao ser questionado pelos comentaristas do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o deputado federal e líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO), confirmou a informação. “O presidente recebeu uma série de convites, vários partidos se manifestaram e o PSL, que tenho sentido depois do acordo que fizemos que está caminhando para uma pacificação, também tem mantido uma conversa e dado piscadas para o presidente, tentando convencê-lo a voltar para o partido”, brincou.
Bolsonaro também reagiu às falas de que seria “terraplanista”, ditas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro discurso público após ter suas condenações na Lava Jato anuladas por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Aqueles que nos criticam sem base, que dizem que o governo abandonou o tratamento da Covid, que é anti vacina… Ou aqueles que dizem que eu sou terraplanista. O ‘carniça’ [Lula] falou ontem que eu devia procurar o Marcos Pontes, para chegar e falar em mim que a terra é redonda. Olha a qualidade dos meus ministros e os do presidiário, e não é só o da Ciência e Tecnologia, são todos”, afirmou.
Voto impresso
Bolsonaro também disse que acredita que a comissão para discutir a PEC do voto impresso “deve ser instalada brevemente”. Uma das defensoras dessa pauta é, inclusive, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que assumiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 10. “Quem tem medo do voto auditável? Não tem. Se a urna eletrônica é confiável, boa, por que alguns até dentro do Supremo são contra ela? Não tem motivo, faz o teste, arranjamos recurso pra isso”, disse o presidente. Segundo Bolsonaro, ele falou sobre o assunto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se mostrou “bastante simpático”. “Está sendo um grande aliado de todos os deputados e do presidente da República, diferente do que acontecia com o outro presidente”, afirmou, em referência a Rodrigo Maia.
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