‘Governo chinês sonha com a completa vassalagem do Brasil’, diz Augusto Nunes

Ao comentar suposto pedido de demissão do ministro Ernesto Araújo após pressão da China, o comentarista do programa Os Pingos Nos Is destacou que ‘o Brasil é um país soberano’

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2021 19h42
Reprodução/Jovem Pan Augusto Nunes é comentarista de Os Pingos nos Is Em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro negou suposta pressão e afirmou: 'Quem demite ministro sou eu'

A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro demitir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em razão do atraso no envio de insumos para a produção de vacinas no Brasil foi tema do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 21. Para Augusto Nunes, a presença do chanceler na live semanal de Bolsonaro é um sinal claro de prestígio. “A presença do ministro é o recado. Ele [Ernesto Araújo] vai continuar. Só faltava essa. É claro que o governo chinês sonha com a completa vassalagem do governo brasileiro. Não haverá. O Brasil é um país soberano. Como disse o presidente, se o Brasil precisa da China, a China precisa do Brasil. É uma relação bilateral”, disse Nunes.

Ernesto Araújo também afirmou que a suposta pressão do governo chinês por sua demissão é uma “invenção completa”. “Isso não existe entre países soberanos. É uma invenção completa. Não sei, tem gente que quer ver uma crise, criar invenções onde não existem. As pessoas inventam uma coisa e depois, quando vem a realidade e desmente, em vez de alterar a sua percepção da realidade, continua insistindo e redobrando cada vez mais a mentira”, disse o ministro Ernesto Araújo. Nos últimos dias, a gestão do chanceler foi contestada por opositores em razão da demora no envio do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), necessário para a produção de vacinas. O Brasil possui, até o momento, apenas 6 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A imunização foi iniciada no domingo, 17, pelo governo do estado de São Paulo, mas há um temor entre os governadores que a campanha de vacinação seja interrompida pela escassez de doses.

A demora no envio de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca, fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, era outro fator que motivava as críticas ao chanceler. Na tarde desta quinta-feira, 21, o governo indiano autorizou a exportação comercial do lote. De acordo com o Ministério da Saúde, o lote deve chegar ao aeroporto de Guarulhos até o fim da tarde desta sexta-feira, 22. “O Ministério da Saúde informa que as 2 milhões de doses da AstraZeneca devem chegar ao Brasil nesta sexta-feira, 22, no fim da tarde. A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro”, disse a pasta em nota.

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