Dianho diz que bordão ‘Nicolas Cagezinho’ foi criado para rebater bullying: ‘Fui agredido por ser branco’

Em entrevista ao Pânico, humorista afirma que, no passado, sofreu rejeição no passado pela aparência física: ‘Me chamavam de ridículo, horroroso e narigudo’

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2021 16h32 - Atualizado em 25/10/2021 16h33
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Reprodução/Pânico Dianho fala no mcirofone e usa camiseta e boné azul no estúdio do programa Pânico Fênomêno nas redes sociais, o convidado do programa Pânico desta segunda-feira, 25, foi o humorista Dianho, criador do bordão 'Todo Nicolas Cagezinho'

Nesta segunda-feira, 25, o programa Pânico recebeu o humorista Dianho, criador dos bordões “Todo Nicolas Cagezinho” e “Lá na Irlanda do Norte eu sou ídolo”. Sucesso nas redes sociais, o comediante explicou a ideia por trás do meme: segundo ele, vem de um passado no qual sofria preconceito pelos traços de sua aparência física. “Encontrei uma forma de combater o bullying que sofri no passado por causa da minha aparência física. Sempre fui muito agredido por ser branco, loiro, pálido e polaco. O pessoal me chamava de ridículo, horroroso e narigudo. Descobri um jeito de rebater esse bullying de uma forma humorada, para dizer que é um padrão de beleza em outro lugar, lá eu sou um ídolo e um príncipe. Foi uma maneira de rebater a rejeição ao meu padrão. Em algum lugar eu tenho que ser bonito, eu sofri muito por causa do bullying”, desabafou.

Os primeiros passos de Dianho na carreira do humor foram dados após o influenciador digital enxergar em seu celular uma oportunidade de contar a sua história. Segundo ele, tudo o que mostra em suas redes sociais é real e faz parte do seu dia a dia na vida rural. “Sempre andava sozinho e via meu celular como um amigo invisível, queria mostrar os lugares e não tinha ninguém para compartilhar os momentos. Era roça, no meio do mato com os bichos, todos que chegam lá em casa eu vou interagindo. Eu pulava da carroça, coisas aleatórias. Achei cobra no meio da lavoura, andava com o bicho no pescoço dentro de casa. Todos os meus bordões simplesmente vêm a mim. É uma entidade que bate, é o reality da minha vida.”

Porém, o humorista confessou que, ao contrário do imaginado, passa por uma fase difícil da vida, em que possui dificuldades para lidar com a fama, fãs e com a exposição pública. “Crio muito conteúdo e faço 100, 200 stories por dia. Já fiquei mal humorado, não consigo sair em locais públicos, em shoppings. Me dá angústia e agonia. Essa fase é a mais difícil, ninguém vem perguntar como está o Fernando. Todo dia a mesma pergunta, a mesma pose para foto, as perguntas e as respostas são sempre as mesmas. Às vezes dá um certo desgaste. É a vida que muitos queriam ter, mas, por trás dos bastidores, existe o Fernando. E às vezes o Fernando não é tão feliz quanto o Dianho”, disse.

Confira na íntegra a entrevista com Dianho:

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