Diogo Portugal fala sobre limites do humor: ‘Alguém sempre vai ficar ofendido’
Em entrevista ao Pânico, o humorista comentou sobre o politicamente correto nas piadas e no stand-up e contou sobre o começo de sua carreira em Curitiba
Nesta sexta-feira, 10, o programa Pânico recebeu o humorista paranaense Diogo Portugal. Sucesso no stand-up, ele comentou sobre críticas e acusações de preconceito em piadas. “Está ficando complicado, até brinquei se tinha algum advogado na plateia. A gente não sabe o que vai acontecer, alguém sempre vai ficar ofendido. Palavras que não podem ser faladas”, disse ele, que afirmou que colegas de pressão cedem à pressão do público. “Eu sou um resistente, o problema é que vejo muitos colegas fazendo discurso contrário ao humor. Não só baixando a cabeça, mas dizendo ‘está certo, não pode mais falar’. Já recebi processo por se sentir ofendido, de feministas, que ofendeu alguém. Às vezes até políticos. Eu acho que é ruim pedir desculpa porque o cara vai avançando e você cada vez diminui mais sua área.”
Na área do humor desde os anos 2000, Portugal relembrou sua carreira em Curitiba. Na época, sem o recurso das redes sociais, conquistou sua fama com shows semanais na capital paranaense. “Eu comecei em Curitiba e não tinha Youtube na época, fiquei conhecido lá, virou um ponto turístico, minha noite era numa terça feira. Os caras querem saber hoje, perguntam como faz para abrir meu show. Eu pergunto de onde são e, por exemplo, respondem de Indaiatuba. Digo: ‘Porque não montar uma noite em Indaiatuba e fazer a galera de Indaiatuba consumir você?’”, aconselhou. “Cuiritba não é muito de torcer para o artista, mas eu não, Curitiba sempre me deu um mega valor. Lá, sempre serei uma pessoa bem quista.”
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.