‘É tão querida pela Amazônia que não conseguiu se eleger no Acre e veio para SP’, diz Salles sobre Marina Silva
Em entrevista ao Pânico, ex-ministro criticou militância pelo meio ambiente da parlamentar eleita no último domingo; sobrou também para Boulos, Joice Hasselmann e Alexandre Frota
Nesta quarta-feira, 5, o programa Pânico recebeu Ricardo Salles, eleito deputado federal por São Paulo com mais de 600 mil votos. Em entrevista, ele criticou a também futura parlamentar Marina Silva e sua política de proteção ao meio ambiente. “Ela é tão querida pelo pessoal da Amazônia que não conseguiu se eleger pelo Acre e veio para São Paulo. A Marina tem um discursinho frouxo, um discursinho inconsistente de falar da Amazônia. Na hora que você olha o que ela deixou na Amazônia, uma população de 25 milhões de brasileiros na miséria, sem saneamento, que ela nunca se preocupou em fazer. Essa turma é boa de discurso”, disse. “Graças a nós, não à essa turma, está se fazendo o investimento de mais de R$ 100 bilhões em saneamento no Brasil. Cem milhões de brasileiro não tinham tratamento de esgoto, e essa mulher nunca se preocupou com esse assunto. Nunca se preocupou em fazer nada, quem fez fomos nós.”
Salles se demonstrou preocupado com a eleição de Guilherme Boulos, deputado federal mais bem votado no Estado de São Paulo e o segundo com mais eleitores do país. Segundo ele, em uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a visibilidade do líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) pode ser ampliada na disputa pela prefeitura de São Paulo. “O Boulos é o sucessor do Lula. Um dos grandes riscos com a eleição, que não vai acontecer, do Lula, seria ter como sucessor político o Boulos. O Lula teria condições de fazer muita força para tentar eleger o Boulos prefeito de São Paulo em 2024. Você imagina um cara cuja especialidade é invadir propriedade privada sendo prefeito da cidade?”, questionou. “É a mesma coisa que colocar Fernandinho Beira-Mar para ser secretário de Segurança Pública. A pessoa tem que enxergar o amanhã, não pode enxergar só o hoje. Olha o que está acontecendo na Argentina, no Chile, na Venezuela, na Colômbia e na Nicarágua.”
O ex-ministro também lamentou a relação da imprensa com Jair Bolsonaro e afirmou que o governo federal age democraticamente. “A sorte desses caras, ao contrário do que eles dizem, é que o Bolsonaro é democrata e respeita as instituições. Está há três anos e meio apanhando dessa turma toda. Ele não tomou nenhuma medida inconstitucional contra esses caras e eles estão morrendo da falta de assinantes”, disse. Para Salles, o resultado das eleições legislativas deste ano trazem uma reflexão sobre a preferência do eleitorado pelo conservadorismo. “O cidadão está vendo qual é a realidade, não e atoa que elegeu esse Congresso bem mais conservador, bem mais à direita e mais economicamente liberal que o anterior. Não elegeu figuras absolutamente perniciosas da nossa vida pública. De Joice [Hasselmann] ao [Alexandre] Frota, muita gente foi varrido para fora”, concluiu.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.