Geraldo Luís diz que televisão vive crise por falta de ousadia e afastamento do público: ‘Quero fazer o povo se enxergar na TV’

Em entrevista ao Pânico, apresentador afirmou que voltaria para um programa caso ele fosse focado em temas populares: ‘Quero voltar a fazer o que eu sei’

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2023 14h59
Reprodução/Jovem Pan News Geraldo Luís no programa pânico Geraldo Luís foi o convidado do programa Pânico

Nesta sexta-feira, 28, o programa Pânico recebeu o jornalista Geraldo Luís. Em entrevista, ele afirmou estar feliz após a saída da TV Record e deu sua visão sobre os bastidores na televisão. “Foi o momento certo, não me arrependi [da saída da TV Record]. Estou feliz da vida. Nosso meio da rádio e televisão são dois extremos: ou o cara é muito legal, de muito caráter, muito decente, ou é aquela falseta, o mau-caratismo que lá na frente vai puxar seu tapete. (…) Eu preciso voltar. A televisão não tem mais criação, não tem mais roteirista, não tem mais ousadia, não tem mais criação, não tem mais diretor. A televisão se afastou do público completamente”, relatou. “O que te prende hoje em um programa de televisão que você assiste e gosta? Não tem mais, o popular na televisão se afastou. Por isso que a internet e o humor ganham força, a televisão está envergonhada e encolhida. São essas coisas de reality show que ninguém aguenta mais, formatos, o povo não se vê mais. Eu quero voltar a fazer o que eu sei, fazer o popular, fazer o povo se ver na televisão. Eu não tenho vergonha de ser popular”, disse.

Para Geraldo, os programas da TV aberta precisam recuperar um fio de humor e emoção para voltar a ter a prioridade do telespectador. “Que humor você vê na televisão? Perderam a razão, perderam a noção, tem tudo medo de falar, medo de contar piada, medo de ser o que são nos seus programas. Não tem que ter vergonha, não tem que ter pudor, a televisão tem que se aproximar do público dela. O telespectador não tem mais esse tesão de ir para frente da televisão, ir assistir tal programa. A gente veio dessa época”, comparou. “Hoje não, que programa te impulsiona a sentar e dizer que vai começar? Se o SBT e a Band acordarem em tempo, o dia que a Globo acordar para o popular da forma que ela sabe fazer… Quem voltar a fazer emoção na televisão vai ganhar, não estou falando emoção de chorar”, concluiu.

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