Salles diz que Moro foi ‘tremenda decepção’ como ministro’: ‘Ficava olhando para o teto nas reuniões’

‘Foi o único ex-ministro que saiu do grupo do Whatsapp sem se despedir dos colegas’, criticou o comentarista da Jovem Pan, em entrevista ao Pânico

  • Por Jovem Pan
  • 31/01/2022 16h45 - Atualizado em 31/01/2022 17h52
Reprodução/Pânico Ricardo Salles foi o convidado do programa Pânico Ricardo Salles foi o convidado do programa Pânico desta segunda-feira, 31

Nesta segunda-feira, 31, o programa Pânico recebeu o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Em entrevista, ele relatou sobre sua experiência ao lado do ex-juiz Sergio Moro nas reuniões ministeriais do atual governo federal. “Ele seria um péssimo articulador. Como ministro, não conversava com ninguém. Ia para as reuniões e ficava olhando para o teto. Não respondia o que era perguntando. Aliás, foi o único ex-ministro que saiu do grupo de Whatsapp sem se despedir dos colegas”, disse. “Você vê o nível e a capacidade de articulação dele. Saiu do cargo de ministro e foi aquele papelão, aquela trairagem desgraçada. Ficou ridículo para ele, foi uma decepção tremenda. Se acha a última bolacha do pacote, mas não fez p**** nenhuma. O Moro está longe de ser o que ele quer pintar. Não tem visão liberal sobre o mundo”, completou.

Ex-secretário do governo de Geraldo Alckmin em São Paulo, Salles se disse decepcionado com a aliança entre o ex-tucano e Lula. “Fiquei chateado com o fato do Geraldo aventar a possibilidade de ser vice do Lula. Um cara preparado, boa pessoa, pai de família e correto. Não é ladrão, ao contrário do que os caras falam.. Essa postura de virar vice do Lula, do ponto de vista da coerência, é inaceitável. Basta ver o que ele falou em 2018, que o Lula queria voltar para a cena do crime”, disse. Cotado para a vice-presidência do petista, o ex-ministro acredita que Alckmin se decepcionou com o cenário das eleições de 2018. Acho que contribuiu, pois ele ficou chateado em 2018 com o desempenho que teve, por ter sido deixado na mão pelo PSDB, pelo centrão e Doria. Pode ser que ele tenha percebido que ele tinha grandes chances de perder o governo do Estado. Ele não tem a máquina nem o partido na mão, a máquina está na mão do Rodrigo Garcia e do Doria. O que ficou para o Geraldo?”, questionou.

Ricardo Salles também comentou sobre a popularidade de Lula nas pesquisas eleitorais para as eleições de 2022 e afirmou ser contra o discurso antipolítica. “O Lula não vai em lugar nenhum, O Lula só faz evento para ser aplaudido, os poucos lugares que ele tentou ir, foi vaiado. Pessoa decente, quanto encara a cara do barbudo da urna não digita 13 e confirma nem a pau”, disse. “Temos que tomar um cuidado com essa generalização. Conheci muita gente boa no Legislativo, com ideias diferentes, mas dedicadas, de boa fé. Se a gente começar a atrair as pessoas de bem para a política, o cenário vai melhorar.”

Confira na íntegra a entrevista com Ricardo Salles:

 

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