‘A solução não está em meter a borracha e matar todo mundo’, diz Marcio França

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2018 16h47
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João Henrique/Jovem Pan

Em entrevista ao Pânico desta quinta-feira (18), o candidato ao governo de São Paulo Marcio França (PSB) criticou as propostas de truculência policial para resolver o problema de segurança pública no estado. “A solução não está em meter a borracha e matar todo mundo”, afirmou o atual governador do estado.

França falou sobre suas propostas para diminuir a violência em São Paulo. “O segredo é dar uma oportunidade para o cara lá atrás, aos 16 ou 17 anos”, explicou. “Um salário de 500 reais muda a vida do moleque, ele se sente importante, consegue levar a namorada no cinema”, disse.

Por outro lado, o ex-prefeito de São Vicente também reconheceu que é importante reforçar o policiamento. “Tem que dar uma chance lá no começo, mas também precisa reforçar a polícia”, ponderou o candidato, prometendo que os policiais irão se sentir amparados por seu possível governo.

Defesa de Alckmin e ataques a Doria

Como tem sido o tom de sua campanha, Marcio França atacou bastante seu adversário João Doria (PSDB). Para o governador, Doria não é autêntico. “Ele não pensa nada, só fala o que ensinam pra ele. É só frase pronta, tudo decorado, não tem uma coisa espontânea”, afirmou. “Se quiser fazer o melhor para o Doria, não o eleja.”

Ele também lembrou do imbróglio envolvendo o ex-prefeito de São Paulo e Geraldo Alckmin, de quem França foi vice nos últimos quatro anos. “O que o Alckmin fez contra ele?”, questionou. “Ele dependeu 100% do que o Geraldo fez pra ele, não é correto dar uma punhalada”, continuou, lembrando da importância de Alckmin para a eleição de Doria para a prefeitura de São Paulo, em 2016.

Ainda defendendo Alckmin, Marcio França disse que uma das partes mais difíceis de seu atual governo é fazer as coisas de seu próprio jeito, mas sem ser ingrato ao ex-governador. “Ele é um cara idôneo, mas temos estilos diferentes”, explicou. Para ele, um dos erros do governo é não mostrar à população as coisas boas. “O governo de São Paulo errou muito na comunicação, as pessoas não sabem o que [de bom] tem em São Paulo”, reconheceu.

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