Para Senador, aliança PMDB-PSDB não deve ser apenas por ocupação fisiológica

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2016 09h52
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Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Jefferson Rudy / Agência Senado Cássio Cunha Lima

 Nesta segunda-feira (25) será instalada a comissão que vai analisar o processo de impeachment no Senado. Raimundo Lira (PMDB-PB) deverá ser escolhido como presidente da comissão, consenso dentro da casa por ser o partido de maioria. Já para a relatoria, Antonio Anastasia (PSDB-MG) deve ser indicado, apesar das críticas da base governista.

Em entrevista à Jovem Pan, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirma que Anastasia é qualificado para o papel de relator: “Escolhemos o Anastasia que é homem preparado, especialista. Ele tem bom senso e fará um trabalho importante a frente dessa relatoria. No plenário do senado talvez tenha igual, mas melhor (que ele) não tem”.

Cunha Lima acredita que a comissão terá uma parecer sobre o afastamento de Dilma no máximo entre os dias 11 e 12 de maio. A votação será de maioria simples enquanto que, para o afastamento definitivo da presidente, após os 180 dias do processo, serão necessários 54 votos.

Sobre uma possível aliança entre o PMDB e o PSDB, o senador afirma que pode ser benéfica, mas que deve ser diferente da aliança do partido do vice com o PT: “Acredito que podemos ajudar sim, desde que possam ser feitas novas bases e evitar práticas condenáveis que levaram o Brasil para essa situação. O PSDB espera do PMDB o respeito que o PT não deu ao PMDB, discutir propostas e não só a ocupação fisiológica, reproduzindo os erros da coalização do passado, que levou Brasília a ter 40 ministérios para atender os partidos políticos”. Cunha Lima defende uma nova forma de coalização política no País, em torno das propostas políticas, e mudanças que o Brasil precisa.

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