Dicas que vendem: 5 conselhos para maximizar os lucros negociando imóveis com criptomoedas
Conhecer o perfil do comprador e se informar sobre as oscilações do mercado de criptoativos são parte da estratégia para conseguir uma venda campeã
Só no Brasil, mais de 156 mil novos imóveis foram vendidos em 2022, e os millennials, a geração nascida entre os anos 80 e o final dos anos 90, são maioria entre os compradores, já que representam 51% dos consumidores no mercado imobiliário digital do país. Com essa nova onda de investidores, o mercado imobiliário busca novas formas para atrair clientes, e o uso de criptomoedas é uma das grandes tendências. Com 32 milhões de usuários brasileiros de moedas digitais, de acordo com o Statista, aceitar criptoativos pode ser a diferença entre fazer uma venda ou ficar para trás no mercado.
Em países tão diversos como Nigéria, Japão e Alemanha, 46% dos millennials utilizam algum tipo de criptomoeda, e isso se traduz em uma vantagem no mundo imobiliário, onde as taxas por pagamentos com moeda fiduciária em mercados como os Estados Unidos chegam a 6% do valor do imóvel. Se a variável a analisar é o tempo necessário para concluir um processo de compra e venda, a diferença também é significativa: no mercado tradicional, a aquisição de uma casa pode demorar até seis meses, enquanto no pagamento com moedas digitais o prazo de operação reduz-se a apenas alguns dias. Estes são os conselhos dos profissionais para quem não quer perder as oportunidades geradas pela interseção das criptomoedas com o mercado imobiliário e se beneficiar do melhor que estes ativos têm a oferecer:
- Aceite diferentes criptomoedas: receber moedas digitais como forma de pagamento reduz os custos com taxas, torna as transações mais rápidas do que a dos bancos tradicionais e diminui os riscos de fraude, segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos. O verdadeiro diferencial, entretanto, está na possibilidade de receber diferentes tipos de criptoativos e, com isso, alcançar uma ampla base de clientes. Entre os usuários de criptomoedas de todo o mundo, 49% possui outros ativos além do Bitcoin, e o objetivo é chegar até eles.
- Defina o preço adequado após entender o mercado: um preço muito alto fará com que aqueles que filtram sua busca por uma determinada quantidade de criptomoedas nem cheguem a ver a propriedade. Para saber qual é o preço justo, o site Nerdwallet sugere pesquisar propriedades semelhantes em tamanho, localização e características e tomá-las como referência. Dois imóveis na mesma área podem ser vendidos a preços muito diferentes, e às vezes um corretor de imóveis experiente pode fazer a diferença. Conhecer o mercado é fundamental para fazer parte dos 30% que lucram com suas vendas.
- Enfoque o perfil do comprador: 94% dos compradores de criptomoedas a nível global são “millennials” e “gen Z” com menos de 40 anos. Por isso, o mais provável é que você chegue até eles através de seus canais de conversação habituais, como as redes sociais. Para isso, é necessário manter uma forte presença online, oferecer um atendimento ativo e proporcionar uma experiência de compra altamente personalizada.
- Aproveite a revalorização cripto: as criptomoedas têm uma clara tendência de valorização ao longo do tempo. Em seus primórdios, o Bitcoin foi cotado a 1309 unidades por dólar. Seu valor era tão baixo que, em 2010, um programador usou 10.000 bitcoins para comprar duas pizzas. Em 2023, cada unidade vale aproximadamente US$ 30.000, o que tem servido de incentivo para que as criptomoedas sejam aceitas como forma de pagamento e diversifiquem a carteira de investimentos.
- Compre criptomoedas utilizando imóveis: para quem busca liquidez, também é possível comprar criptomoedas oferecendo imóveis como forma de pagamento. A Unicoin recebe propriedades avaliando-as a 140% do seu valor. Dessa forma, os compradores podem obter criptomoedas de última geração ao mesmo tempo em que vendem suas propriedades de forma simples.
Com essas estratégias, o setor imobiliário estará cada vez mais bem-preparado para aproveitar o potencial das criptomoedas e atrair a nova geração de compradores. O desafio é atingir um nível de popularização que faça com que essas transações se tornem o “novo normal”. Para grandes players do mercado como a Nasdaq, não é uma questão de “se”, mas de “quando”.
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