Constantino: Como escravos meeiros, deixamos metade do que ganhamos para o governo
Nesta quarta completamos 153 dias que, pelo cálculo de tributaristas, trabalhamos só para pagar imposto para sustentar o estado brasileiro. Até agora a gente só trabalhou para bancar as diferentes esferas de governo. Daqui para frente a gente vai trabalhar para nós. Essa é mais ou menos a proporção da carga tributária sobre nós brasileiros.
Estamos quase em junho e o Dia da Liberdade de Impostos ocorre cada vez mais tarde. Somos quase como escravos meeiros, que deixamos compulsoriamente a metade do que ganhamos para o governo. E pensar que Tiradentes se rebelou pelo quinto, e hoje estamos já em praticamente dois quintos…
E para quê mesmo? Olha um exemplo: Além de investir somente 0,4% do Produto Interno Bruto em infraestrutura, o governo desperdiça dinheiro público com obras que não são concluídas. Auditoria do Tribunal de Contas da União revela que mais de um terço das obras públicas bancadas com recursos da União estão paralisadas. Essas obras já consumiram R$ 10,8 bilhões dos cofres públicos, mas ainda não geraram nenhum benefício à população, pois estão inacabadas.
Além disso não temos segurança, pois somos líderes mundiais de crimes violentos. Nosso ensino é uma porcaria, fábrica de analfabetos funcionais e papagaios de slogans marxistas. Nossa saúde pública é precária. A lista é longa, e enquanto isso um monte de gente pede, como remédio, mais veneno, ou seja, mais gasto público, mais ingerência estatal na economia.
Diante desse quadro não é muito difícil entender a urgência das reformas previdenciária e tributária. Temos que estancar a sangria dos gastos públicos, para liberar recursos para investimentos, e simplificar e reduzir a carga de impostos, para deixar mais dinheiro nas mãos de quem produz. A agenda do governo Bolsonaro aponta na direção certa. Resta saber se será capaz de executá-la…
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.