Constantino: Palocci sempre foi chave para destravar escândalos de grandes bancos

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2019 07h49 - Atualizado em 04/10/2019 11h03
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Estadão Conteúdo Palocci detalhou esquema em acordo de delação premiada

O ex-ministro petista Antônio Palocci detalhou, em delação premiada, o suposto esquema de vazamento de informações privilegiadas sobre alterações da taxa básica de juros, a Selic, do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira (3). Estão envolvidos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O banco é alvo de busca e apreensões da Polícia Federal e da Procuradoria da República no âmbito da Operação Estrela Cadente, uma das etapas da Lava Jato. Uma operação conjunta do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) e da PF investiga vazamentos de resultados de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorridos nos anos de 2010, 2011 e 2012.

“A Lava Jato não tinha chegado, ainda, nos grandes bancos e no setor judiciário, e todo mundo sabia que o Palocci era a chave para destrancar essa proteção. É positivo que esteja avançando nesse sentido e eu posso dizer, sem ser leviano, de que existiam rumores no mercado financeiro, na época, de que André Esteves tinha um relacionamento próximo demais com Guido Mantega e que isso representava acesso a informações privilegiadas em relação à decisões do Copom.

Tem um episódio que ficou conhecido no mercado financeiro de que ele teria mandado inverterem, na mesa de operações, uma posição inteira do banco porque teve um sonho na noite anterior. E isso ficou conhecido no mercado. Provavelmente esse sonho contou com a presença de Guido Mantega”, relembra Constantino.

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