Rodrigo Constantino: EUA e Israel merecem ser defendidos pelo que significam

  • Por Rodrigo Constantino/Jovem Pan
  • 02/04/2019 09h07
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Alan Santos/PR Eis o principal fruto da visita de Bolsonaro a Israel, em minha opinião, e ele é intangível: o resgate da clareza moral

O segundo país visitado pelo presidente Bolsonaro, após os Estados Unidos, foi Israel. Havia grande expectativa se a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém seria anunciada, o que acabou não acontecendo.

Do lado de Israel e do governo Netanyahu, frustração. Do lado palestino, revolta mesmo com a simbólica abertura de um escritório de negócios na capital de Israel. O presidente não descartou, ainda, mudar a embaixada até o final de seu governo.

Entende-se o custo diplomático e comercial disso: os árabes são importantes compradores de nossas aves, entre outros produtos. O interesse econômico falou mais alto, e não há nada absurdo nisso.

O governo optou pela cautela, ainda que decepcionando uma ala do seu eleitorado. É parte do jogo político: não dá para agradar a gregos e troianos o tempo todo.

Mas eis o principal fruto da visita, em minha opinião, e ele é intangível: o resgate da clareza moral. Sim, é verdade que há ganhos diretos e materiais também, importantes, já que Israel é líder mundial em certas tecnologias, possui um robusto setor de investimentos inovadores, e a parceria só tem a acrescentar. Mas não é só isso.

A civilização ocidental merece ser defendida como a mais avançada e livre, especialmente em meio a esse multiculturalismo relativista. E o Ocidente está calcado em valores judaico-cristãos, como mostra Ben Shapiro em seu novo livro.

Ser indiferente no conflito entre Palestina e Israel não é ser justo; ao contrário: é o mesmo grau de injustiça de quem foi neutro na Guerra Fria, ignorando que um lado defendia a liberdade e o outro a tirania. Felizmente venceu a liberdade dos americanos, não a opressão soviética.

Israel merece críticas, como toda nação, mas é inegável que representa, ali, os valores certos da democracia e liberdade, enquanto seus inimigos, que desejam varrê-lo do mapa, estão dispostos a sacrificar até crianças inocentes nessa meta patológica. Hamas é um grupo terrorista.

Considero, portanto, positiva a sinalização do governo brasileiro em direção aos dois pilares do Ocidente num mundo com falta de objetividade moral. Estados Unidos e Israel merecem ser defendidos por aquilo que significam para o legado de nossa civilização.

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