Rodrigo Constantino: Solução é a privatização do Banco do Brasil
“Quem indica e quem nomeia o presidente do Banco do Brasil? Sou eu? Não preciso falar mais nada então”, disse o presidente Bolsonaro sobre a polêmica da propaganda vetada.
Após sinalização do ministro Santos Cruz, o presidente deu a entender que não pretende recuar desse tipo de interferência: “A linha mudou, a massa quer o quê? Respeito a família”, completou.
O mais engraçado é ver a choradeira na esquerda. Ora, não defenderam a vida toda a ingerência governamental nas estatais? Não pregam a necessidade de empresas estatais justamente para controle do governo? O problema, claro, é qual governo. Se for um de esquerda, orientado para “lacrar” de acordo com o politicamente correto, está tudo ótimo. Mas quando entra um governo mais conservador e moralista…
Do lado dessa direita nacional-populista vale a mesma crítica: pelo visto não rejeitam a ideia de um estado intervencionista, desde que a intervenção seja “do bem”, para resgatar os valores morais perdidos. Todos, da esquerda radical à direita populista, parecem desejar um estado para chamar de seu.
Bolsonaro chegou a apelar para que o Banco do Brasil cortasse seus juros, o que fez as ações do banco estatal caírem quase 2% logo de cara. Populismo na veia, coisa típica de Dilma Rousseff. O que um liberal como Rubem Novaes faz numa hora dessas? Pede as contas? Resiste ao apelo do chefe?
O liberal clássico Benjamin Constant lutou sempre contra o excessivo e arbitrário poder do estado, enquanto esquerdistas e direitistas muitas vezes brigavam apenas para ver quem estaria no poder.
Em suas palavras, “é contra a arma e não contra o braço que convém ser severo”. Se o braço direito ou o braço esquerdo aponta a arma isso faz pouca diferença: o importante é mitigar a capacidade de causar estrago da própria arma.
No caso, a solução liberal seria uma só e bem simples: privatizar o Banco do Brasil. Somente assim não haveria mais a tentação de o governo do momento usá-lo para campanhas publicitárias lacradoras ou moralistas, ou então decidir na canetada pela redução dos juros, que são um preço de mercado. Privatize Já!
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