Humanos e símios entram em guerra em “Planeta dos Macacos: O Confronto”
Marc Arcas.
San Francisco, 24 jul (EFE).- A humanidade, reduzida após um vírus mortal que quase não deixou sobreviventes, enfrenta agora a primeira guerra cntra os símios, um episódio esplendidamente narrado no mais recente filme da saga “Planeta dos Macacos”, que chegará às telonas do Brasil nesta quinta-feira, com direção de Matt Reeves.
“Planeta dos Macacos: O Confronto”, produzido três anos depois de “Planeta dos Macacos: A Origem”, aborda, como seu antecessor, os últimos dias da civilização dos humanos e o início nos arredores de San Francisco do que depois será o império dos símios, forjado pelo pioneiro e líder dos primeiros macacos inteligentes, César.
“Foi um papel incrível de explorar e desenvolver, porque tinha que fazer de César um símio muito mais parecido a um humano em sua maneira de atuar. Agora, tem muita responsabilidade como líder e sua expressão facial é de muito mais dor e preocupação do que no filme anterior”, explicou em entrevista à Agência Efe o ator que dá vida ao macaco protagonista, Andy Serkis.
Serkis interpretou os movimentos e expressões de César por meio da técnica de captura de movimentos, na qual o ator britânico já se tornou um especialista. Entre seus trabalhos anteriores com este sistema se encontram papéis destacados como o de Sméagol, da trilogia “O Senhor dos anéis”, King Kong no filme homônimo de 2005, e o Capitão Haddock em “As Aventuras de Tintim” de Steven Spielberg.
O ator, que já interpretou César em “Planeta dos Macacos: A Origem”, garantiu que agora não precisou estudar tanto os movimentos dos chimpanzés quanto em seus filmes anteriores, já que o mais importante para ele era “entender a natureza da liderança”.
“César é um personagem extremamente simpático”, comentou o ator britânico, que, apesar de admitir que às vezes sem querer escapa algo de Sméagol”, disse que isto não ocorreu durante essas filmagens.
Além de Serkis, o elenco de “Planeta dos Macacos: O Confronto” é formado pelo também britânico Gary Oldman (“Drácula de Bram Stoker”, “Harry Potter”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas”); o australiano Jason Clarke (“A Hora Mais Escura”, “O Grande Gatsby”); e a californiana Keri Russell (“Felicity”, “Garçonete”), todos eles em papéis humanos.
“Fiz um pouco de captura de movimento há alguns anos – em “Os Fantasmas de Scrooge”, mas foi todo rodado em um estúdio, que tem seus inconvenientes e restrições”, disse à Efe Gary Oldman, destacando que, graças à técnica, neste filme os atores que interpretam os símios puderam rodar as cenas externas sem qualquer tipo de restrição.
“O pessoal da captura de movimento leva a própria bateria, com os cabos e tudo aquilo que ajuda à câmera a identificar. São completamente livres, agora já vivem em um mundo de 360 graus”, acrescentou Jason Clarke, assegurando que trabalhar com atores que realizam captura de movimento é como trabalhar com qualquer outro ator.
Tanto o veterano Oldman quanto Clarke ficaram muito impressionados pelas melhoras nas técnicas cada vez mais usadas nas grandes produções de Hollywood, e nenhum dos dois descarta interpretar personagens por meio da captura de movimentos no futuro. EFE
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