Kuwait proíbe filme ‘Barbie’ por ‘ofender a moral pública’
Além do filme da boneca mais famosa da história, a principal distribuidora de filmes do país também anunciou a proibição, por parte das autoridades, do longa de terror, ‘Fale comigo’
O Kuwait proibiu a exibição do blockbuster mundial “Barbie” em seus cinemas por “ofender a moral pública”, conforme anunciaram as autoridades do país petrolífero do Golfo Pérsico. A sanção não é propriamente uma novidade, já que outros sucessos de bilheteria estadunidenses são comumente mal recebidos no Oriente Médio, principalmente devido à crescente visibilidade que Hollywood dá às pessoas homossexuais ou transgênero. “A difusão dos filmes ‘Barbie’ e ‘Fale comigo’ foi proibida”, anunciou o presidente do Comitê de Censura Cinematográfica, Lafi Subaiei, citado pela agência oficial de notícias Kuna. Este órgão, subordinado ao Ministério dos Meios de Comunicação, pretende “proibir tudo o que atente contra a moral pública, a ordem pública e as tradições, pela introdução de ideias estrangeiras na sociedade”, acrescentou o comunicado. Antes de tomar esta decisão, as autoridades solicitaram a “supressão de algumas cenas obscenas que promoviam comportamentos inaceitáveis”, disse Subaiei, sem especificar a quais momentos do filme se referia.
Além de “Barbie”, a principal distribuidora de filmes do Kuwait anunciou, na segunda-feira, 7, a proibição, por parte das autoridades, de “Fale comigo”. O filme de terror australiano é estrelado por Zoé Terakes, uma pessoa transgênero não binária, mas não contém nenhuma referência ao movimento LGBTQIA+. Em suas redes sociais, Terakes chamou a decisão de “desumana” e “dirigida a uma comunidade específica”. “Barbie” e “Fale comigo” seguem em cartaz em outras partes do Golfo, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, embora estes dois países também tenham proibido filmes com referências a pessoas LGBTQIA+. Vale destacar que o filme da boneca mais famosa da história também não foi exibido no Catar, no entanto, nenhuma declaração oficial foi divulgada sobre o tema.
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*Com informações da AFP
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