Chester Bennington foi a voz do rock do novo milênio à frente do Linkin Park

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2017 16h02
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Reprodução/Instagram

Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, nos deixou de forma trágica nesta quinta-feira (20), após ser encontrado morto por suicídio em sua casa, em Palos Verdes, Los Angeles. O músico de 41 anos e a sua banda representaram a voz de uma geração do rock, que estava órfã desde a morte de Kurt Cobain e o fim do Nirvana, em 1994.

Formado em 1996, o Linkin Park estourou na boca do povo de todo o mundo com o visceral Hybrid Theory, lançado em 2000. Com a voz poderosa de Bennigton e o contraponto mais interpretativo de Mike Shinoda tornaram canções como “Crawling”, “In The End” e “One Step Closer” verdadeiros hits na época.

Nesse momento nascia um novo ponto do rock, que voltava a ganhar destaque nas paradas. O álbum vendeu mais de 24 milhões de cópias no mundo todo e entrou na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame. Muito desse sucesso é creditado ao vocalista, que levava sua voz ao limite para passar a sua mensagem através de suas músicas.

O grande trabalho feito em Hybrid Theory seguiu em Meteora, lançado em 2003. O disco estreou na liderança da Billboard 200 e também da parada do Reino Unido, recheado de músicas cheias de sentimentos como “Somewhere I Belong”, “Numb”, “Breaking The Habit” e “Faint”, essa última mais explosiva.

Chester se entregava nas suas interpretações e isso acabou culminando em problemas graves em suas cordas vocais. Acompanhado da maturidade musical, o icônico vocalista precisou fazer mudanças em seu estilo para que não precisasse forçar muito a voz com seus famosos gritos.

Músicas mais melódicas começaram a fazer parte dos álbuns seguintes do Linkin Park, evidenciando o tom melódico de Bennington. Os fãs estranharam no início, mas não deixaram o sucesso do grupo diminuir em “Minutes to Midnight”, “A Thousand Suns” e “Living Thing”. Ele e seus companheiros ainda trabalharam em experimentações com “The Hunting Party” e “One More Light”, esse último lançado em maio deste ano.

Chester também fez parte do lendário grupo de grunge Stone Temple Pilots, entre 2013 e 2015, substituindo o vocalista Scott Weiland – que morreria algum tempo depois após uma overdose.

Casado duas vezes em com seis filhos, o músico já passou por problemas com o álcool e depressão, tendo revelado em entrevistas anteriores que já pensou em se matar.

Bennington deixou um grande legado para o estilo e infelizmente seguiu o mesmo caminho que outros tantos nomes importantes do rock, como Chris Cornell, que cometeu suicídio em maio deste ano e estaria completando 53 anos exatamente neste 20 de julho. É mais uma voz que inspirou uma geração que não aguenta o peso do mundo.

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