Com elogios de Pelé e debaixo de chuva, One Direction faz maior show da carreira em SP

Agnews/Francisco Cepeda <p>Meninos do One Direction fizeram show para 64 mil pessoas em SP</p>

O clima era de total euforia. Em sua primeira passagem pelo Brasil, a boyband One Direction encontrou um lotado estádio do Morumbi, no sábado (10), para fazer o maior show de sua carreira: 64 mil pessoas.

Nem mesmo a forte chuva foi capaz de acalmar os ânimos de uma maioria esmagadora de meninas que gritaram loucamente antes mesmo da performance começar. Abrangendo desde crianças até adolescentes, o que se via era uma multidão de camisetas com os rostos de Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson, Niall Horan e Zayn Malik, faixas na cabeça e rostos pintados.

Diante da juventude do público, uma verdadeira fileira de pais encostados nas laterais do espaço, segurava bolsas, câmeras fotográficas ou emprestava seus ombros para filhas ensandecidas enxergarem seus ídolos de perto. As mães também marcavam presença, bastante empolgadas e arriscando passinhos de dança.

Loucuras, lágrimas e (muitos) gritos

Os meninos da banda estão acostumados com a enorme atenção feminina. Entretanto, talvez eles não esperassem fãs tão, digamos, dedicadas quanto as brasileiras. Por onde passaram, foram seguidos por uma legião de meninas gritando, chorando e implorando por uma foto.

Poucos minutos antes do show começar, algumas das presentes não conseguiram lidar com a pressão de ver os ídolos tão de perto e passaram mal. Outras sucumbiram às lágrimas. Mesmo assim, a energia era palpável.

As amigas Isabel, 15 anos, Gabrielle, 14 anos, Camila, 12 anos, Larissa, 16 anos e Ana Beatriz, de 14 anos, viveram verdadeira aventura para chegar até ali. Acampadas desde sexta-feira (9), ficaram sem dormir, no chão frio, sem comer ou usar o banheiro. Tudo para garantir um lugar na grade.

Entretanto, tamanho sacrifício fez com que as garotas passassem mal e tiverem de ser atendidas. Já recuperadas, elas não titubearam: “valeu a pena”. Elas também explicaram as diferenças entre as fãs brasileiras das outras: “as fãs brasileiras são as únicas que fazem essas loucuras. Tratamos a banda, os meninos e os seguranças como ídolos, eles disseram que nunca sentiram esse carinho antes. É uma festa. As gringas têm inveja. Se pedirem, a gente canta a música inteirinha”, contaram, com euforia.

O show

Após apresentação de abertura dos brasileiros da P9, o apagar das luzes deu lugar a arquibancadas iluminadas por bastões coloridos, balões verde e amarelo e muitos gritos. Quando a banda subiu ao palco, em meio a forte chuva, o barulho foi ensurdecedor.

Já emendando o recente hit “Midnight Memories”, Niall Horan explicou que aquele era o maior público da história da banda. Para o que o grupo propõe, um pop grudento, eles são eficientes. Cantando ao vivo, os meninos mostram qualidades.

As interações com o público foram o que já se esperava: muitos “Obrigado” e “Eu te amo, São Paulo”, carregados por um forte sotaque britânico. O momento de maior surpresa aconteceu no telão, durante sessão de perguntas, via vídeo, de fãs ao redor do mundo.

Um menina indiana queria saber qual celebridade eles gostariam de ser por 24 horas. A resposta foi quase unânime: “Neymar Jr”. À outra, tentaram fazer uma pirâmide humana no palco molhado, sem muito sucesso.

Mas o melhor ficou para a última aparição: Pelé apareceu, falando em inglês, dando boas-vindas, oferecendo camisas, elogiando o grupo e cobrando uma parceria – musical, não futebolística. Para encerrar, o ídolo do futebol mundial afirmou que o Brasil ganhará a Copa do Mundo.

Nas passagens entre uma música e outra, os rapazes ganharamm bandeiras do país, cartazes, camisas da seleção brasileira – Niall, para o bis, usou uma delas para delírio do público – e, em determinado momento, até um saco de salgadinho, que Harry abriu e comeu no meio da canção.

Os melhores momentos da banda são, de fato, as canções mais famosas. “Best Song Ever” é uma ótima pedida para última música, “Little Things” é uma balada competente e “Kiss You” levanta o público.

Ao fim da performance, Louis promete que o grupo voltará logo ao país, que se tornou “seu lugar preferido no mundo”. O resultado só poderia ser um: gritos e lágrimas.

Setlist

1. “Midnight memories”
2. “Little black dress”
3. “Kiss you”
4. “Why don’t we go there?”
5. “Rock me”
6. “Don’t forget where you belong”
7. “Live while we’re young”
8. “C’mon, c’mon”
9. “Right now”
10. “Through the dark”
11. “Happily”
12. “Little things”
13. “Moments”
14. “Strong”
15. “Better than words”
16. “Alive”
17. “One thing”
18. “Diana”
19. “What makes you beautiful”
Bis
20. “You & I”
21. “Story of my life”
22. “Little white lies”
23. “Best song ever”