‘La Casa de Papel’ está de volta: O que esperar da 3ª temporada?

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2019 09h30
Reprodução Grupo de ladrões está de volta com orçamento maior, mais ação e um roubo impossível

Esqueça a Casa da Moeda, o novo golpe da quadrilha da série “La Casa de Papel” é muito maior. A terceira temporada, que chegou na Netflix nesta sexta (19), reúne os mascarados na missão impossível de roubar ouro do impenetrável Banco da Espanha. Tudo isso em meio a uma guerra declarada contra o Estado, ou melhor, o “sistema”.

Atenção: a partir daqui, o texto tem alguns spoilers da 3ª temporada de La Casa de Papel.

Tudo começa dois anos e meio após o roubo de € 984 milhões da Casa da Moeda. Como parte do plano, os protagonistas são divididos em duplas e enviados a diferentes países, sem contato uns com os outros. O Professor (Álvaro Morte) é o único que sabe onde cada dupla está.

Rio (Miguel Herrán) e Tokio (Úrsula Caberó) vivem seu romance numa pequena ilha do Caribe. “Pescamos nossa comida, nus, selvagens, mas com algum luxo”, conta a protagonista que, como nas temporadas anteriores, narra a história. Mas Tokio termina o relacionamento e parte para a cidade mais próxima. Quando Rio tenta contatá-la por telefone, é rastreado pela Interpol e capturado.

Para tentar salvá-lo, o Professor convoca toda a quadrilha. O objetivo já não é enriquecer, mas declarar guerra ao Estado, que tortura Rio em alguma prisão desconhecida. Vistos como Robin Hoods pela população, os bandidos se declaram “resistência”.

“A terceira temporada é muito mais intensa do que as outras, em todos os sentidos”, afirma Alba Flores, que interpreta Nairóbi, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Há mais ação, a relação entre os personagens traz mais peso para a história. O Professor está mais consciente do que faz, e tudo isso aumenta a voltagem da história e leva os personagens à jugular do sistema.”

Ao contrário dos anos anteriores, dessa vez não há um plano perfeito. “No primeiro roubo, o Professor deu um golpe totalmente planejado. Ele conhece cada uma das possíveis variáveis que podem existir”, explica Álvaro Morte, que vive o cérebro e líder do grupo. “Agora, no entanto, ele trabalha com um plano que não estava terminado. Precisa agir logo para salvar Rio e tem uma missão ainda mais difícil pela frente.”

Para além da ação, a 3ª temporada de La Casa de Papel também adiciona intensidade ao relacionamento entre os personagens. Tokio e Rio passam por uma crise; Estocolmo (Esther Acebo) briga com Denver (Jaime Lorente) porque ele não entende sua força como mulher.

Vivendo juntos, o Professor e sua antiga antagonista, policial Raquel (Itziar Ituño) – agora parceira de crime com o apelido Lisboa – paradoxalmente parecem levar o relacionamento menos conflituoso do seriado. Isso não quer dizer, no entanto, que ele não influencie a história. “Antes, o Professor era um homem solitário, mas agora tem uma companheira e isso muda seus conflitos e suas motivações”, afirma Morte.

Embora a Netflix não divulgue dados de suas produções, fica claro, desde o primeiro episódio, que a 3ª temporada de “La Casa de Papel” contou com um orçamento turbinado.

As gravações foram realizadas em países como Panamá, Argentina, Espanha, Itália, Filipinas e Tailândia. A produção é caprichada e tem um quê de Hollywood. O modelo de flashbacks, que consagrou a série, ganhou ainda mais peso. “Temos mais linhas de tempo, que se passam em diferentes países”, conta Alba. “Com duração de 50 minutos, os episódios são mais ágeis e vão direto ao assunto. É uma grande diferença na dramaturgia.”

*Com Estadão Conteúdo

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