Apesar de domínio, Hamilton evita euforia: “há uma longa corrida pela frente”

Com exceção do Grande Prêmio da Malásia, Lewis Hamilton e a Mercedes vêm mostrando neste início de temporada da Fórmula 1 um desempenho quase irretocável, mas o piloto inglês, que neste sábado conquistou a pole para o Grande Prêmio na China, evitou “cantar vitória” antes da prova e disse que ele e sua equipe ainda têm trabalho a fazer em Xangai.

Atual campeão mundial, Hamilton tinha motivos para não caber em si de tanta confiança. O inglês entrou hoje para um seleto rol que até hoje só tinha Ayrton Senna, Michael Schumacher e Juan Manuel Fangio como integrantes: o de pilotos que conseguiram a pole cinco vezes em uma mesma pista na Fórmula 1.

Mesmo se dizendo otimista para a corrida, ele adotou um tom cauteloso. Até porque, entre seus principais concorrentes, está seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, que vai largar em segundo e ficou a apenas quatro centésimos de seu tempo na classificação. E o também alemão Sebastian Vettel (Ferrari), que o derrotou na Malásia, vai largar em terceiro.

“Conseguimos fazer tudo funcionar sem problemas neste fim de semana e agradeço a toda a equipe por isso. Esperaramos que continue assim amanhã. Há uma longa corrida pela frente, e a Ferrari está muito rápida aqui também, então o trabalho está longe de ter terminado”, declarou.

Hamilton também reconheceu que seu retrospecto na China é muito bom – além das cinco poles, ele venceu três das 11 edições deste GP (2008, 2011 e 2014).

“Acredito que é o circuito que melhor se adapta a meu estilo, e gosto de pilotar aqui”, comentou, antes de voltar a fazer um alerta sobre a necessidade de a Mercedes consolidar sua liderança em Xangai.

“A última corrida (Malásia) não foi a ideal, mas neste fim de semana nos esforçamos ao máximo. Até agora não tivemos problema, e espero que continue assim amanhã”.