Atletas pedem no Rio reabertura do Estádio de Atletismo Célio de Barros

  • Por Agencia Brasil
  • 09/01/2014 14h45
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Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Atletas e ex-atletas fizeram hoje (9) um ato simbólico para pedir a reforma e reabertura do Estádio de Atletismo Célio de Barros, localizado no Complexo Maracanã, na zona norte da capital fluminense. O estádio foi fechado há um ano e iria ser transformado em um estacionamento do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.

Na ação, chamada Sem-Teto do Atletismo Rumo às Olimpíadas de 2016, os manifestantes colaram cartazes e faixas na grade lateral do Estádio de Atletismo e fizeram um treino leve na ciclovia em volta do Complexo Maracanã como forma de protesto. Após o fechamento do centro de treinamento, os alunos e atletas passaram a treinar na Quinta da Boa Vista, no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), e em torno do Maracanã, todos na zona norte da cidade. O transporte dos atletas está sendo feito por ônibus públicos.

O representante do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro, Renato Cosentino, disse que serão necessárias muitas obras de reforma para que o Célio de Barros volte a ser usado. É preciso reconstruir a pista de corrida e fazer a manutenção dos equipamentos.

“O Célio de Barros é um símbolo do atletismo nacional. Já passou um ano e os atletas continuam sem lugar para treinar. Você está em um país que vai sediar as Olimpíadas e os atletas olímpicos, promessas olímpicas, não têm um lugar para treinar no Rio de Janeiro. O Célio de Barros é o único estádio de atletismo do estado que suporta todas as modalidades do esporte”, disse o representante.

Ele conta que alguns atletas do Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare – localizado no Complexo Maracanã e que ficou sete meses fechado – estão treinando por conta própria em diferentes lugares do mundo. “Depois que fecharam o local de treinamento do César Castro [atleta de saltos ornamentais], ele foi treinar no Canadá. Agora ele está treinando nos Estados Unidos. É um atleta olímpico que se preparava para a quarta olimpíada, a primeira no Rio de Janeiro, e está treinando nos Estados Unidos para vir jogar os Jogos Olímpicos aqui. Para todas as outras olimpíadas ele se preparou no Julio Delamare”, concluiu Cosentino.

O atleta e estudante Nathan Levy, 15 anos, disse que depois que o Célio de Barros foi fechado ficou muito difícil a locomoção para o fazer o treinamento devido a distância. O atleta mora em Santa Teresa, na região central da cidade, estuda em Madureira, na zona norte, e treina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Engenhão, ambos na zona norte.

“Antes eu levava dez minutos da UFRJ para o Célio de Barros, agora, levo uma hora. Era o melhor centro de treinamento que tinha aqui no Rio. Não era só a gente que vinha, outras equipes vinham treinar aqui. As competições eram aqui, os treinamentos eram aqui. Todo mundo evoluía junto. Quando a gente ia para uma competição fora, a gente conseguia se destacar”, disse o atleta que sonha em participar das Olimpíadas 2016.

Por meio de nota, o governo do estado informou que ajustou o contrato de concessão com a Concessionária Maracanã S/A, na segunda-feira (6), para obrigar a empresa a reformar o Estádio Célio de Barros.

Edição: Talita Cavalcante

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