Atlético vence Cruzeiro, encerra jejum no clássico e fatura o título mineiro
Maior vencedor do Campeonato Mineiro, o Atlético conquistou neste domingo (7) o seu 44º título estadual. Em uma grande decisão com o Cruzeiro, o time se deu melhor ao derrotar o rival por 2 a 1 no estádio Independência, com gols marcados por Robinho e Elias. Ramon Ábila fez o gol do Cruzeiro.
Dono da melhor campanha da primeira fase, o Atlético precisava de um empate para assegurar o título estadual. E o time fez ainda mais, superando o rival e encerrando um jejum de oito jogos sem vencer o Cruzeiro, iniciado em 2015, exatamente no ano da última conquista estadual do Atlético, agora novamente campeão.
O título também confirmou a aposta da diretoria no Independência, principal casa do Atlético desde a sua reinauguração em 2012 e escolhido para ser o palco da finalíssima em detrimento do Mineirão, com capacidade maior. E com o triunfo do título, manteve 100% de aproveitamento no estádio do Horto em 2017, com dez vitórias no local.
O JOGO – Com a vantagem do empate para ser o campeão estadual, o Atlético entrou em campo com uma formação teoricamente mais cautelosa, com a presença de três volantes de origem – Adilson, Rafael Carioca e Elias -, apostando no controle do meio-de-campo e dando mais liberdade a Otero, Robinho e Fred, enquanto o Cruzeiro iniciou o clássico com a mesma formação que ficou no 0 a 0 no jogo de ida da final.
Precisando da vitória para conquistar o título estadual, o Cruzeiro tentou pressionar o Atlético no início da partida no Independência e até conseguiu alguns escanteios nos primeiros minutos. Mas nada que ameaçasse efetivamente a defesa adversária
E o Atlético abriu o placar da decisão em uma jogada que contou com a participação dos dois principais jogadores do seu ataque, ainda que fazendo uma “troca de funções”. Aos 12 minutos, Robinho recebeu passe na intermediária, passou por Hudson e acionou Fred na ponta direita. O centroavante fez cruzamento rasteiro na segunda trave para Robinho, que só precisou completar às redes.
A partir do gol, o predomínio na partida foi do Atlético. O Cruzeiro até tinha o controle da posse de bola, mas enfrentava dificuldades na transição ofensiva e não encontrava espaços na defesa adversária. Assim, não conseguia nem finalizar ao gol atleticano.
Enquanto isso, a equipe da casa era muito perigosa nos contra-ataques. No principal deles, aos 32 minutos, Robinho passou pelo seu marcador e rolou para Fred, que bateu de primeira, com a bola subindo demais.
O Atlético ainda teve um gol de Robinho anulado por impedimento e chegou com perigo em um chute de fora da área de Elias após roubada de bola na intermediária, em uma jogada que exemplificou a maior pegada do time. O Cruzeiro só conseguiu ser efetivo no ataque nos acréscimos da etapa inicial, quando Rafael Sobis pegou sobre de uma divida e finalizou forte, mas sem muita direção.
O Cruzeiro voltou do intervalo com uma novidade: Ramón Ábila. O atacante argentino entrou na vaga de Hudson, com Mano Menezes tornando a sua equipe mais ofensiva. E foi exatamente o centroavante que empatou a decisão. Aos sete minutos, Rafinha avançou pela direita e cruzou para o argentino, que dominou a bola no peito e finalizou com um voleio, marcando um belo gol e empatando a decisão.
O gol e os minutos seguintes da partida mostraram uma mudança no controle do jogo, assumido pelo Cruzeiro. O Atlético apresentava dificuldades para marcar o novo posicionamento do ataque adversário, que quase conseguiu a virada aos 12 minutos, após um cruzamento de Arrascaeta. Thiago Neves, de peixinho, concluiu para fora.
Preocupado, Roger promoveu mudanças no Atlético, com as entradas de Maicosuel e Cazares. E foi o equatoriano, que entrou em campo elétrico, quem mudou o rumo da decisão mineira. Aos 24 minutos, Marcos Rocha roubou bola na intermediária e acionou Elias na entrada da grande área, no lado direito. O volante fuzilou Rafael e recolocou o Atlético em vantagem e com a mão na taça.
O Cruzeiro não deixou de lutar, mas já não conseguia ser tão incisivo no ataque, tanto que foi o Atlético quem quase marcou novamente, aos 37 minutos, em um chute rasteiro de Fábio Santos, do lado esquerdo da grande área, que foi para fora.
Nos minutos finais, Rafinha e Adilson foram expulsos após receberem o segundo cartão amarelo em faltas na intermediária. O clima entre os jogadores esquentou. Além disso, Cazares desperdiçou uma chance clara nos acréscimos, finalizando por cima da meta adversária. Mas nada que estragasse a conquista do Atlético, o campeão mineiro de 2017.
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