COI apoia sanção, mas abre brecha para que russos “limpos” vão à Rio-2016

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/06/2016 10h47
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Presidente do COI Laurent Gillieron/EFE Presidente do COI

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu referendar nesta terça-feira a decisão de excluir o atletismo da Rússia dos Jogos do Rio, apoiando o que havia sido anunciado pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), na última sexta-feira, mas também optou por abrir uma brecha para a participação de seus competidores. 

Nesta terça-feira, o COI anunciou que “atletas limpos” poderão competir sob a bandeira russa. A entidade ainda pediu aos atletas que se considerem inocentes para que passem por testes fora do país. Essa recomendação, porém, não vale apenas para o atletismo, mas para todas as modalidades esportivas. 

A definição desta terça é considerada severa, mas, atendendo um apelo do governo de Vladimir Putin, pois barra a decisão de impedir que atletas possam competir sob a bandeira da Rússia. O Kremlin havia alertado, momentos antes do anúncio, que poderia tomar uma decisão “sem precedentes”, abrindo temores de um boicote ao Rio pelos russos. 

“A conclusão é de que as alegações contra a Rússia colocam sérias duvidas sobre a presunção de inocência para atletas. Portanto, cada atleta que venha desse país terá de passar por exames independentes e fora de locais onde seus laboratórios tenham sido afetados”, disse Thomas Bach, presidente do COI. “Temos de fortalecer o combate”, insistiu. 

Putin defendia que uma “solução” teria de ser encontrada, recusando a ideia de que os atletas “limpos” pudessem competir sob um bandeira neutra ou do COI, como ocorrem com competidores de países em conflito ou atletas refugiados. Assim, numa reunião nesta terça-feira, o COI optou por manter a suspensão, mas atendeu a algumas das exigências dos russos. 

Quênia

Mas não será apenas a Rússia que precisará confirmar a elegibilidade dos seus atletas através das federações internacionais de seus esportes. O COI também confirmou que os competidores do Quênia também terão que passar por exames antidoping em laboratórios internacionais, sob o risco de que também não possam participar da Olimpíada.

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