Com direito a pênalti perdido, Palmeiras fica no empate com o Atlético-MG

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 04/06/2017 17h55
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Willian teve seu pênalti defendido por Victor no final do primeiro tempo

Miguel Schincariol / Estadão Conteúdo Willian teve seu pênalti defendido por Victor no final do primeiro tempo

Palmeiras e Atlético Mineiro empataram por 0 a 0 neste domingo, no Allianz Parque, em São Paulo, e continuam patinando no Campeonato Brasileiro. Depois de duas derrotas, o time paulista completou o terceiro jogo sem vitória e soma quatro pontos após quatro rodadas. O mineiro também está na parte de baixo da tabela de classificação, com três. O clube da casa esteve mais perto da vitória, mas perdeu um pênalti com Willian – foi o segundo desperdiçado em dois jogos. No final, vaias da torcida.

Depois de afirmar que o time titular do Palmeiras de 2017 era pior que o do ano passado e de sofrer duas derrotas no Brasileirão, Cuca decidiu mudar o time titular. A principal alteração foi a saída de Felipe Melo para a entrada da Thiago Santos. Contratado no início do ano para deixar a equipe mais cascuda para a Copa Libertadores, o volante compromete o dinamismo do meio de campo. O treinador também barrou o lateral-esquerdo Zé Roberto (o escolhido foi Egídio) e ainda testou Keno no lugar de Borja no ataque. Dudu e Jean foram desfalques por problemas físicos.

Com esta nova formação, o Palmeiras trocou, a grosso modo, a técnica pela velocidade e pela vibração. Aceso e combativo, o time alviverde conseguiu fazer uma marcação pegajosa e impediu os mineiros de colocar a bola no chão. Individualmente, a mudança mais positiva foi a entrada de Keno. Além de criar uma opção interessante de velocidade pelo lado esquerdo, o jogador de 27 anos mostrou porque foi o melhor driblador do Campeonato Paulista mesmo sendo reserva. Com habilidade, ele desmontou o eficiente esquema defensivo dos mineiros e finalizava com perigo A jogada mais importante aconteceu logo aos 16 minutos, quando Keno finalizou no travessão depois de uma jogada bem tramada, com a bola de pé em pé.

Sempre melhor, o Palmeiras teve a sua grande chance no final do primeiro tempo. O árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti, indicando empurrão de Fred no zagueiro Edu Dracena. Na cobrança, Willian bateu e o goleiro Victor defendeu. Foi o segundo pênalti que Victor defendeu de Willian – o primeiro havia sido em 2015, no clássico mineiro, quando o palmeirense atuava pelo Cruzeiro.

O jogo teve um destaque negativo. Times com elencos tão valiosos e com tantos recursos técnicos não podem dar tantos chutões. Os dois abusaram da ligação direta e “pulavam” o meio para chegar ao ataque. Ao menor de sinal de pressão, os zagueiros esticavam o chute longo. Os dois times estão errando passes em momentos importantes para o prosseguimento das jogadas. Isso faz a bola não chegar tanto quanto deveria aos ataques, apesar de boas chances criadas de ambos os lados.

No início do segundo tempo, o Palmeiras voltou ainda mais vibrante. Keno, o melhor jogador da partida, pedalou e cruzou, mas a zaga tirou a finalização de Borja. O Atlético Mineiro tentou voltar ao jogo trocando o seu ataque (Robinho e Fred), que foi inoperante em toda a partida. Entraram Valdívia, que fez a sua estreia, e Rafael Moura. O time alvinegro conseguiu ficar mais com a bola e teve seu melhor momento no jogo. Aos 42 minutos, Maicosuel, substituto do meia venezuelano Otero, quase marcou.

O Palmeiras também perdeu parte de seu ímpeto quando teve de substituir Keno, exausto, por Michel Bastos. A velocidade deu lugar ao toque cadenciado, mas o time deixou de ser contundente e foi vaiado no final da partida.

Opinião Jovem Pan

Na opinião do comentarista Flávio Prado, o Palmeiras não fez uma exibição ruim e conseguiu neutralizar a equipe atleticana até metade do segundo tempo. No fim das contas, com o Atlético-MG tendo também suas oportunidades, Flávio aponta que o empate só não foi mais justo porque não teve gols.

“O Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, criou boas oportunidades. Com aquela marcação individualizada típica do Cuca, o time conseguiu parar o Atlético-MG. Com a entrada do Borja, a ideia era que o time continuasse forte e melhorasse a finalização. A partir dos 25, com a entrada do Maicosuel, o Atlético conseguiu superar a marcação do Palmeiras, criou oportunidades e quase fez o gol da vitória. Somando tudo, não dá para dizer que o resultado não foi justo, embora o jogo merecesse pelo menos um gol de cada lado”.

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