Embratur exigirá retirada das camisetas da Copa com conotação sexual

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2014 14h42
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São Paulo, 25 fev (EFE).- A Embratur anunciou nesta terça-feira que vai exigir a retirada do mercado das camisetas da Adidas, lançadas em ocasião da Copa do Mundo de 2014, por incluir conotações sexuais, enquanto a presidente Dilma Rousseff afirmou que o país está preparado para combater a exploração sexual.

A Embratur emitiu hoje uma nota na qual rejeita de forma “veemente” a comercialização de produtos “que vinculam a imagem do Brasil à conotações sexuais” e informou que exigirá a retirada desses produtos do marcado.

Em uma das polêmicas camisetas, de cor verde, aparece a clássica frase “I love Brasil”, mas, neste caso, o coração também carrega um triângulo em alusão à parte traseira de um biquíni.

Na outra, de cor amarela, aparece a imagem de uma mulher em traje de banho junto à frase “Looking to score” (“querendo gols”), expressão também usada com sentido sexual, algo como “em busca de meninas”.

“Vamos entrar em contato com a direção da Adidas e fazer uma chamada para que revisem essa atitude e retire os produtos do mercado. Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço está tombado na promoção do Brasil por seus atributos naturais e culturais”, afirmou a Embratur em nota.

A presidente Dilma, por sua parte, comentou hoje através de sua conta no Twitter que o país está preparado para receber os turistas que chegarão para Copa, a ser realizada entre junho e julho, mas precisou que também está para combater o turismo sexual.

“O governo aumentará os esforços na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no Carnaval e na Copa do Mundo”, alertou Dilma, que também encorajou a população a denunciar os possíveis abusos.

Para o presidente de Embratur, Flávio Dino, “a exploração sexual é um crime inaceitável” que “não pode ser confundido de nenhuma maneira com uma modalidade de turismo”.

“Queremos deixar claro a nossos principais parceiros comerciais na área de turismo que o Brasil não tolera esse tipo de crime em seu território”, completou Dino, que acrescentou que ações como a da Adidas “dificultam a organização do Mundial” e podem “desvirtuar” o torneio. EFE

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