Falso vídeo sobre Coreia do Norte na final da Copa inunda a internet

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2014 01h19

Seul, 14 jul (EFE).- Um falso vídeo no qual a televisão estatal da Coreia do Norte informa que este país jogaria a final da Copa do Mundo se transformou em um sucesso na Internet com mais de 4 milhões de visitas depois que vários meios de imprensa internacionais o consideraram verdadeiro.

O canal “Korea News Backup” postou no sábado no portal YouTube este vídeo, no qual uma das apresentadoras frequentadores da televisão norte-coreana anuncia (através de dublagem) que a Coreia do Norte, país que não conseguiu se classificar para o Mundial do Brasil de 2014, se dispõe a jogar a final contra Portugal.

A falsa narração e os infográficos explicam que a seleção da Coreia do Norte conseguiu chegar à final após derrotar por 7 a 0 o Japão, 4 a 0 os EUA e 2 a 0 a China (país que também não participou do torneio).

Além disso, mostra imagens de torcedores de futebol em Copacabana com as cores vermelho, branco e azul da bandeira norte-coreana (acredita-se que na realidade são torcedores da Costa Rica ou Chile) em um ambiente festivo, enquanto na grande tela na praia se sobrepõem imagens do líder Kim Jong-un.

Meios de imprensa anglo-saxões, falantes de espanhol e chineses, assim como milhares de internautas, deram credibilidade ao vídeo e o divulgaram em suas páginas e redes sociais como um exemplo extremo do isolamento e da manipulação midiática à qual a ditadura da Coreia do Norte submete seus cidadãos.

Na vizinha Coreia do Sul, os internautas não demoraram em ressaltar que a locução que se atribui à apresentadora tem um marcado acento sul-coreano – muito diferente ao do Norte – e contém palavras e anglicismos que só se usam na metade sul da península.

A isto se soma que a televisão norte-coreana esteve transmitindo, embora com atraso de até 24 horas, partidas da Copa.

O extremo sigilo da Coreia do Norte, um dos estados mais isolados do planeta, facilita em muitos casos a divulgação de notícias falsas sobre o que ali ocorre. EFE

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