Como pressão da torcida fez Rivaldo nutrir “raiva e ódio mortal” do Corinthians

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2017 15h08 - Atualizado em 03/11/2017 15h56
Reprodução Melhor jogador do mundo em 1999, Rivaldo jogou no Corinthians entre 1993 e 1994. No entanto, não guarda boas recordações dessa passagem.

Eleito o melhor jogador do mundo em 1999 e destaque da Seleção Brasileira na conquista do penta, em 2002, Rivaldo foi revelado pelo Santa Cruz, mas só se tornou nacionalmente conhecido no Mogi Mirim, como um dos protagonistas do encantador “Carrossel Caipira” de 1992. Então jovem promessa, ele foi tão bem na equipe paulista que, no ano seguinte, acabou emprestado ao gigante Corinthians.

No clube de Parque São Jorge, Rivaldo não brilhou. Até marcou 11 gols e foi condecorado com a Bola de Prata no Campeonato Brasileiro de 1993, mas fracassou no Rio-São Paulo da mesma temporada e no Paulistão de 1994. Resultado: não foi contratado em definitivo e ficou livre para acertar com o Palmeiras, que o contratou por U$ 2,4 milhões.

O resto da história todos sabem: Rivaldo se tornou ídolo da equipe alviverde e, não por acaso, fez três gols no arquirrival Corinthians na final do Brasileiro de 1994.

O “não por acaso” se justifica.

A curta passagem pelo Timão fez Rivaldo nutrir “raiva e ódio mortal” do clube alvinegro. O motivo? A pressão da torcida – que era grande ao ponto de já ter obrigado o futuro astro do futebol mundial a sair do estádio de camburão, escondido dentro do saco de bolas.

Quem conta tudo é Vampeta, ex-companheiro de Rivaldo na Seleção Brasileira.

“O Rivaldo, quando a gente estava na Seleção, sentado, conversando… Ele tem uma raiva, um ódio mortal do Corinthians… Porque ele falou que, na vida dele, ele saiu três vezes de camburão num saco de bolas, escondido, no Corinthians. Ele contava isso pra gente. Ele se enfiava no saco de bolas para os caras não verem ele e saía dentro da viatura. É uma prova de que essa pressão da torcida dá medo nos jogadores”.

Vampeta revelou essa história no Esporte em Discussão desta quinta-feira, na Rádio Jovem Pan, enquanto comentava sobre a reunião entre jogadores e torcedores do São Paulo, na última quarta, no CT da Barra Funda.

O ex-volante desaprova essa prática e usou a história de Rivaldo para ilustrar a sua opinião.

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