‘Fazia tempo que o Corinthians não estava em condições de se classificar para Libertadores’, diz Sylvinho

Antes mesmo da partida contra a Chapecoense começar, o técnico foi vaiado pela torcida pela sequência de derrotas e empates do Timão

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2021 10h46
MAURO HORITA/ESTADÃO CONTEÚDO - 01/11/2021 O técnico Sylvinho, do Corinthians, acompanha lance contra a Chapecoense, durante partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol Sylvinho defendeu seu trabalho e afirmou que o Corinthians tem um ótimo ambiente interno

A partida entre Corinthians e Chapecoense nesta segunda-feira, 1º, marcou a volta de 100% do público à Neo Química Arena após a liberação da capacidade máxima nos estádios pelo governo de São Paulo. O jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro teve total domínio dos donos da casa. Apesar disso, foram poucas as chances de gol no primeiro tempo e a melhor delas foi justamente dos adversários. O Timão marcou o primeiro gol da partida apenas aos 52 minutos do segundo tempo com um lance do atacante Roger Guedes. Em entrevista coletiva, o técnico Sylvinho atribuiu a vitória à presença do torcida no estádio. O “professor”, que vinha de uma sequência complicada marcada por uma derrota contra o São Paulo, no Morumbi, e por vitória sobre o Internacional  que escapou na prorrogação, no entanto, foi vaiado pelos torcedores antes mesmo do jogo iniciar.

O treinador defendeu seu trabalho e afirmou que o Corinthians tem um ótimo ambiente interno. Como exemplo, ele citou as últimas manifestações dos meio-campistas Giuliano e Renato Augusto e do zagueiro João Victor. “Nós temos um grupo do qual os atletas estão se manifestando muito. Giuliano, Renato, João Victor… Isso me chega, porque eu não vejo, mas eu fico feliz porque eles têm elogiado demais o trabalho no nosso ambiente interno”, disse Sylvinho. “Fico muito feliz de estar no CT e conviver com funcionários de 30 anos atrás. E de ter uma facilidade em transitar em todas as partes do clube e estar muito alinhado com o presidente e a diretoria. Estamos montando um time no meio do campeonato. Chegaram quatro peças importantíssimas que fizeram parte nem de metade do campeonato. Assim você vai redescobrindo o time”, justificou o técnico. “Os resultados estão aparecendo. Estamos em 6º. Fizemos, em outro momento, 10 jogos invictos. Fazia um tempo que o Clube não estava em condições de se classificar para a Libertadores. O ambiente nosso é ótimo e os atletas têm aflorado isso nas suas entrevistas”, destacou.

O treinador ainda aproveitou para defender o seu elenco. “Estamos montando um grande time. Estamos preocupados em terminar bem essa temporada para começar a outra melhor. Parte do resultado está acontecendo, sim. Tivemos duas construções de times. Uma no 1º turno, com muito jogadores jovens, do qual havia uma preocupação enorme no começo do campeonato, falavam que não íamos passar nem da 10º [colocação] ou até uma coisa mais catastrófica, e o time tem se mantido em 6º, 7º há algumas rodadas”, apontou. Sylvinho também comentou sobre a dificuldade que o time teve para marcar em cima da Chapecoense, que hoje está na lanterna do Brasileirão. “Tínhamos uma responsabilidade muito grande quanto ao resultado, até mesmo se ele fosse elástico. Do outro lado tem um adversário, que tem números ruins, sim, mas eles vêm jogar o jogo da vida deles. São profissionais de alto nível, o campeonato é duro e nós sabíamos”, confessou.

“Faltou esse primeiro gol com seis minutos, mas goleiro da Chapecoense fez um grande jogo. Quando você não faz o gol e tem que apressar as jogadas, fica mais difícil. Você sempre vai jogando contra um adversário que vai para o chão, entra massagista, o árbitro para o jogo… Isso leva a um nervosismo natural em campo, tira a concentração e você tem que acelerar”, prosseguiu Sylvinho. “Os três pontos eram muito importantes para nós. Sabíamos que tínhamos condição de sair com eles, mas realmente não foi fácil. O nosso torcedor ajudou demais, foi uma vitória de alma, de torcedor de estádio cheio. A vitória, além de tática, variações, mas o gol saiu do estádio, lotado com 40 mil pessoas, é a vitória da alma”, finalizou.

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