FPF adia reunião com clubes para tentar convencer MP sobre continuidade do Paulistão 

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou, na semana passada, a suspensão do futebol e das atividades esportivas coletivas a partir desta segunda-feira até o dia 30 de março; Kalil, prefeito de Belo Horizonte, liberou a disputa de partidas entre equipes paulistas na cidade

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2021 12h13 - Atualizado em 15/03/2021 12h18
Rubens Chiri / saopaulofc.net Jogadores do São Paulo comemorando Gol Jogadores do São Paulo comemorando Gol

A Federação Paulista de Futebol (FPF) informou que irá adiar o encontro programado com os 16 clubes da elite do Campeonato Paulista, que estava agendado para as 15 horas (de Brasília) desta segunda-feira, 15. Em nota oficial, a entidade comunicou que reuniu-se com representantes do governo de São Paulo, mas que necessita conversar com o Ministério Público Estadual sobre a possibilidade de não paralisar o Paulistão durante a fase emergencial, válida até o próximo dia 30. A ideia da FPF é convencer o MP de de que o protocolo sanitário utilizado dentro do futebol é seguro e que a continuidade do torneio não irá agravar a situação da pandemia no estado.

“A Federação Paulista de Futebol reuniu-se na manhã desta segunda-feira (15) com Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Aildo Rodrigues Ferreira, secretário de Esportes, e Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional, no Palácio dos Bandeirantes, para tratar da continuidade do Campeonato Paulista na Fase Emergencial. A FPF agora se reunirá com o Ministério Público Estadual. Por esta razão, as reuniões que estavam agendadas com os clubes nesta segunda-feira foram adiadas para terça-feira”, disse a FPF.

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou, na semana passada, a suspensão do futebol e das atividades esportivas coletivas a partir desta segunda-feira até o dia 30 de março. A medida faz parte de um pacote de ações mais rígidas para conter o avanço da Covid-19. Segundo o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 87,6% no Estado e de 86,7% na Grande São Paulo. Imediatamente, a FPF reprovou a decisão, elencando diversos motivos para a competição não ser suspensa. Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Delgado Olim também se manifestou contrário ao governador, classificando-o como “radical”. 

No último domingo, 14, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, liberou a realização de jogos entre equipes paulistas na capital mineira. A disputa do Paulistão na cidade é uma alternativa da FPF, caso o governo de São Paulo e o Ministério Público mantenham a sua decisão de paralisar o futebol no estado. Assim como países europeus, BH adotou medidas restritivas, mas permitiu a realização de partidas de futebol.

 

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