Maradona nega criticar Messi, fala contra as drogas e compara Putin a Fidel

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2019 09h19
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EFE EFE Maradona em evento organizado por jornal na Itália

Diego Armando Maradona concedeu uma entrevista à rede de televisão “TyC Sports” na qual negou ter problemas com Lionel Messi, a quem disse enxergar como ídolo. O ídolo fez um apelo contra as drogas e falou sobre política, comparando Vladimir Putin a Fidel Castro e Hugo Chávez, além de dizer que convidaria Luis Inácio Lula da Silva para um “churrasco dos sonhos.”

“Jamais entraria em confronto com Messi. Para mim, Messi é tão ídolo quanto ‘Kun’ é para Benja”, afirmou Maradona, citando seu neto Benjamín e o pai dele, o atacante Sergio Agüero.

“Sou argentino, não critico Messi. Vejam o que é bom, sou amigo do ‘Leíto’, o vi chorar no chuveiro após perdermos por 4 a 0 (nas quartas de final da Copa do Mundo de 2006, para a Alemanha, quando era técnico da ‘Albiceleste’)”, frisou.

MARADONA E A POLÍTICA

Maradona falou sobre a política na Argentina, cujo governo acaba de ser assumido por Alberto Fernández, que tem como vice-presidente Cristina Kirchner. O ex-craque ressaltou que o principal problema atual no país é o mesmo de quando era criança: a fome.

Questionado sobre sua relação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o comparou com dois ícones da esquerda na América Latina. “Apoio Putin até a morte, porque ele está com a gente. É um Fidel Castro em potencial, um (Hugo) Chávez em potencial”, disse.

Maradona também disse que, para um “churrasco dos sonhos” com políticos, convidaria não só Fernández, Cristina, Fidel e Chávez, como também os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Néstor Kirchner (Argentina).

MENSAGEM CONTRA AS DROGAS

Em uma longa entrevista na qual lembrou muitos aspectos de sua vida pessoal, Maradona fez um apelo contra as drogas.

“Aos jovens, digo: não às drogas, não. Vocês perdem participação na sociedade, perdem participação na família. Aprendi isso com minha velha, porque não sou mal-educado, sou mal-aprendido. E, quando usava cocaína, eu não tinha nada, era um zumbi. Não a experimentem”, afirmou, olhando para a câmera.

Maradona reconheceu que o consumo de drogas é uma das coisas que mais lamenta ter feito, porque perdeu a oportunidade de acompanhar suas filhas crescendo.

DIVERGÊNCIA COM RIQUELME

Atual técnico do Gimnasia La Plata, Maradona tem sido notícia nas últimas semanas na Argentina por divergências com outro grande ídolo do Boca Juniors, Juan Roman Riquelme, que integrava a chapa que ganhou as eleições para a presidência do clube.

Antes do pleito, Maradona disse que Riquelme não poderia ser vendido “ao melhor lance”, o que para ‘El Pibe’ aconteceu quando o três vezes campeão da Taça Libertadores pelo Boca se juntou à campanha de Jorge Ameal.

Na entrevista, Maradona disse que não aceitaria tomar um café com Riquelme pelo bem do Boca. “Que Riquelme tenha claro que o bem será feito ao Boca se ele fizer coisas boas para o torcedor, e uma das maneiras de conseguir isso é com títulos, mesmo que (o clube) tenha que se endividar, como o River”, declarou, além de alfinetar o maior rival dos ‘Xeneizes’.

Maradona opinou ainda que o melhor técnico e o melhor jogador em atividade na Argentina são, respectivamente, Marcelo Gallardo e Nacho Fernández, ambos do River. Além disso, comentou que um dos cotados para ser o novo treinador do Santos – Gabriel Heinze, do Vélez Sarsfield – é um bom nome para a seleção ‘Albiceleste’ no futuro.

Outro personagem destacado pelo ex-craque na entrevista foi Ricardo Gareca, ex-técnico do Palmeiras e atual da seleção peruana. Para ele, é quem deveria assumir o comando do Boca Juniors.

*Com informações da EFE

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