Presidente da Fifa ameaça tirar craques da Copa do Mundo se superliga for criada

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2018 10h05
EFE EFE Presidente da Fifa saiu em defesa da Uefa

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, fez uma ameaça grave aos principais times europeus. Ele avisou que, se estes clubes criarem uma superliga independente, vai banir craques da Copa do Mundo de seleções. É uma resposta a informações divulgadas pela revista Der Spiegel recentemente. Segundo ela, existem times que querem acabar com a Liga dos Campeões e criar uma competição à parte da Uefa, apenas com a elite do futebol mundial.

Isso poderia representar o fim do monopólio da Fifa no esporte. Mas Infantino foi duro: “Se existem jogadores que não atuam no futebol organizado, então eles não jogam no futebol organizado e isso inclui tudo: Liga das Nações, Eurocopa ou Copa do Mundo”.

De acordo com as revelações, mais de uma dezena de clubes estariam em contato para abandonar seus campeonatos nacionais e criar um evento separado, de proporções inéditas e com clubes sem precedentes. Uma primeira tentativa poderia ocorrer em 2021, incluindo gigantes como Manchester United, Liverpool, Barcelona e Juventus.

Na avaliação da Fifa, esses clubes não podem romper com a hierarquia do futebol e querer que seus jogadores também atuem nos torneios tradicionais. Um rompimento precisaria ser completo, na avaliação da entidade, que aposta que seu monopólio no controle da Copa do Mundo seja suficiente para frear as demais iniciativas.

A iniciativa de banir craques poderia começar a ser implementada já em 2022, caso o torneio de clubes de fato ocorra em 2021. Infantino admite que, ao longo dos últimos 20 anos, foram as ameaças de clubes de deixar a Liga dos Campeões que levaram a Uefa a aumentar cada vez mais os prêmios pagos na competição.

Infantino, na esperança de evitar esse racha no futebol mundial, insiste que esse é o momento de debater a criação de um Mundial de Clubes com 24 participantes e com uma receita estimada em US$ 3 bilhões. “O Mundial de Clubes é a resposta a qualquer pensamento de rompimento”, justificou.

A Uefa, porém, tem sido contra esta proposta. Sem um acordo no final do mês passado, a Fifa criou um grupo de trabalho para pensar em soluções e em um entendimento entre as confederações.

Mas a realidade é que a nova crise na Fifa exigiu que a entidade também coloque todo seu calendário internacional sob avaliação. Infantino insiste que quer a Copa de 2022 já com 48 seleções, o que obrigaria o Catar a ceder e ver alguns dos jogos ocorrendo em outros países da região.

Com Estadão Conteúdo

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