River vence o Boca de virada na prorrogação e conquista a Libertadores em Madri

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2018 20h00 - Atualizado em 09/12/2018 20h39
EFE Jogadores do River Plate celebram a conquista de mais uma Libertadores da América

Demorou, mas o campeão da Libertadores da América enfim foi conhecido. Jogando no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, neste domingo (9), o River Plate levou a melhor e conquistou o título continental ao vencer o Boca Juniors por 3 a 1.

E como não poderia ser diferente, o duelo entre os argentinos foi emocionante. Os gols da vitória dos “millonarios” foram marcados apenas no segundo tempo da prorrogação após empate em 1 a 1 no tempo normal.

A final da competição continental que deveria ter sido realizada no dia 24 de novembro, em Buenos Aires, foi adiada após parte da torcida do River Plate ter atacado o ônibus do Boca Juniors na chegada do estádio Monumental de Núñez.

Após muita indefinição da Conmebol e dos times – os “xeneizes” chegaram a pedir o cancelamento do jogo para serem declarados campeões sem entrar em campo, Madri foi escolhida para receber o jogo decisivo, que se encerrou com uma vitória épica do River sobre o maior rival.

Foi o quarto título da equipe na Libertadores da América, que garantiu a classificação para a disputa do Mundial de Clubes da FIFA. A competição começa nesta quarta-feira (12) nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representante sul-americano será no dia 18.

O jogo

Exatamente como havia previsto o técnico do Boca Juniors, Guillermo Schelotto, a partida foi truncada e amarrada. Muito mais pegada que o jogo de ida (2 a 2 na Bombonera). Não havia espaço. O campo “encolheu” tamanha a dedicação dos jogadores à marcação. Toda bola era dividida com carrinho, cara feia e faísca. O espetáculo ficou em segundo plano. Curiosamente, o primeiro cartão amarelo só saiu aos 27 do primeiro tempo para Ponzio.

Os inúmeros erros de passe escancaravam o nervosismo dos rivais, principalmente do River Plate. No final do primeiro tempo, o time de Marcelo Gallardo (fora do banco de reservas devido a suspensão imposta pela Conmebol) não acertou nenhum chute a gol. O Boca começou melhor escorado em um esquema com três atacantes: Benedetto, Pavón e Villa.

O time xeneize soube jogar pelas pontas. Aos 9 minutos, Olaza cruzou, Maidana tentou o corte, mas quase fez gol contra. Na sequência, Perez aproveitou o escanteio, mas chutou em cima do goleiro Armani. Vinte minutos depois, a melhor chance do jogo até então veio com Perez (de novo). Ele chutou cruzado, mas o volante Nández não alcançou para fazer o primeiro gol.

O jogo destravou no final do primeiro tempo quando os times aceleraram as jogadas pelos lados do campo. O jogo ficou lá e cá. Foi assim que o Boca abriu o placar aos 43. Depois que o River errou um cruzamento, o uruguaio Nández deu passe excelente em profundidade para Benedetto, que deu um corte espetacular no zagueiro Maidana e tocou na saída de Armani. Golaço. Foi o quinto gol do atacante, carrasco do Palmeiras na semifintal da Libertadores e que já havia marcado na primeira partida da final.

O River Plate adiantou suas linhas para jogar no campo do Boca Juniors e tirou Ponzio, que exagerou nos erros de passe. Entrou Quintero. Mais presente no ataque, os jogadores do River reclamaram muito de uma trombada de Pratto no goleiro Andrada. Queriam pênalti, mas o árbitro nada marcou. Aos 22 minutos, os meias do River, que vinham com uma atuação discreta, mostraram sua qualidade técnica. Fernández tabelou com Palacios e rolou para Lucas Pratto empurrar para as redes. Empate do River: 1 a 1 Pratto, conhecido do torcedor brasileiro pela passagem no Atlético-MG e São Paulo, também completou seu quinto gol no torneio.

O River conquistou transformar seu sistema tático, passou a jogar nas costas dos volantes do Boca e se aproximou da vitória. O time de Gallardo também esteve mais inteiro fisicamente no final do jogo. A superioridade aumentou com a expulsão de Barrios, ainda no primeiro tempo da prorrogação. E virou vantagem numérica no início da etapa final. Quintero, que entrou no lugar de Ponzio e modificou o jogo taticamente, acertou um belo chute no ângulo. Virada do River.

Mesmo com um jogador a menos e Fernando Gago, contundido, sem condições de jogo, o Boca Juniors foi à frente e acertou uma bola na trave no último minuto da prorrogação. Após a cobrança de escanteio, em que o goleiro Andrada foi ao ataque, o River Plate definiu o placar com Martínez finalizando com o gol vazio.

Ouça os gols da partida:




Com informações de Agência Estado

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.