Ao emprestar Artur, Palmeiras mostra que não deve usar jovens da base em 2019

César Greco / Agência Palmeiras / Divulgação Artur só fez 7 jogos em 2018

Apesar do sucesso do Palmeiras nas categorias de base em 2018, é melhor não esperar que os jovens formados no clube sejam utilizados no time profissional em 2019. Ao emprestar o atacante Artur para o Bahia, a diretoria do Verdão mostrou mais uma vez que pretende priorizar os jogadores contratados.

Com exceção de Victor Luís, que foi revelado no Palmeiras em 2014 e já está consolidado no time principal, Artur podia ser considerado o principal expoente da base no elenco atual. Ele parecia ter moral para brigar por uma vaga no ataque, principalmente após a lesão grave de Willian. Mas o Palmeiras preferiu contratar outros 2 atacantes (Carlos Eduardo e Felipe Pires) e até reintegrar um jogador que estava emprestado custou um investimento pesado para o clube, Erik.

Com a concorrência deles e de outros atletas, Artur passaria a ter pouquíssimo espaço no elenco. Até menos do que em 2018, quando disputou apenas 7 jogos e foi atrapalhado por lesões. Então a saída para o Bahia foi natural e pode ser positiva para a carreira dele.

Mas mostra como o Palmeiras não pretende apostar em jovens da base. Papagaio, outro atacante formado no clube, se destacou no time sub-20 em 2018. Mas o clube também cogita emprestá-lo. Se ele ficar, dificilmente terá espaço para jogar, pois concorre com Deyverson, Borja e Arthur Cabral, jogadores que custaram caro ao clube.

A base do Palmeiras foi vitoriosa e tem outros destaques, como Vitinho, Vitão, Luan Cândido, Alan e Yan. Mas são nomes que só devem receber chances no Verdão em 2020 ou depois disso. O Verdão está trabalhando bem na formação de jogadores, mas só deve colher frutos a médio e longo prazo.