Protocolo da Conmebol para Copa América diverge do Ministério da Saúde sobre vacinação de jogadores
Entidade sul-americana publicou nesta terça-feira todas as regras de proteção para delegações e arbitragem contra a Covid-19
Toda a polêmica envolvendo a realização da Copa América no Brasil parece que está longe do fim. Nesta terça-feira, 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu marcar uma sessão para decidir sobre a suspensão do torneio e a Conmebol publicou seu protocolo sanitário para a competição com divergências do Ministério da Saúde. No documento da entidade sul-americana está como “altamente recomendado” que os integrantes de todas as delegações e arbitragem estejam vacinados contra a Covid-19, sendo inclusive imprescindível a apresentação do comprovante no aeroporto. Porém, em entrevista concedida nesta segunda-feira, 7, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que as delegações não precisarão ser vacinadas. De acordo com o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estão imunizadas e duas vão completar a imunização nesta semana. A seleção brasileira é uma das que não tomou doses da vacina.
Outra recomendação é que as hospedagens sejam individuais. Caso não seja possível, a distância indicada entre jogadores ou integrantes das determinadas seleções em seus quartos é de dois metros. O uso da máscara é obrigatório em todos os locais com mais de uma pessoa. Ficar hospedado em apenas um andar também é uma exigência. A aferição da temperatura será contínua, na entrada do ônibus ou antes de iniciar o treinamento. Ninguém pode trabalhar caso tenha 37,4° ou mais. Os centros de treinamentos devem ter o mínimo de pessoas possível. Todos devem fazer desinfecção antes e após os trabalhos. Os banhos serão apenas no hotel e máscaras úmidas devem ser descartadas e trocadas. As equipes farão uso de voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois da utilização.
Dentro de campo, alguns hábitos comuns não serão autorizados, como a tradicional troca de flâmulas antes de a bola rolar e de camisas entre os oponentes, mesmo após o apito final. Nada, também, de beijar a bola. As cuspidas estão vetadas, assim como ninguém pode assoar o nariz durante o jogo. Cada um deve usar sua garrafa individual. Nas entrevistas coletivas, a máscara é item obrigatório. Os entrevistados podem abrir mão do item caso estejam em uma distância de dois metros. Repórteres não podem tirá-las. Ao todo serão 650 pessoas de dez delegações, além de 450 funcionários ligados à Conmebol espalhados por Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro, as quatro sedes escolhidas para abrigar as partidas.
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