Reforço do São Paulo, Éder deixou Gabigol no banco da Inter e brilhou na China 

Revelo pelo Criciúma, o atacante foi campeão catarinense em 2005, trilhou sua carreira na Itália, chegou a disputar a Eurocopa pela ‘Azurra’ e teve números impressionantes no Jiangsu Suning

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2021 08h00
Reprodução/Instagram Éder é o novo reforço do São Paulo Éder é o novo reforço do São Paulo

O sexto reforço do São Paulo para a temporada 2021 deverá ser anunciado na próxima semana. Trata-se do atacante Éder, brasileiro naturalizado italiano que estava no mesmo clube de Miranda, o Jiansgu Suning, da China, que fechou as portas recentemente. O jogador desembarcará na capital paulista e passará por uma bateria de exames antes de assinar vínculo válido até o final de 2022. Mas, afinal, quem é o atleta de 34 anos, pouco conhecido no Brasil, mas com passagem por vários clubes da Itália, como Inter de Milão, Sampdoria, Brescia e que, inclusive, vestiu as cores da “Azurra” na Eurocopa de 2016? Éder nasceu na cidade de Lauro Muller, no interior de Santa Catarina, e deu os seus primeiros passos no futebol no Criciúma. No time catarinense, conseguiu a sua primeira chance como atleta profissional em 2005, quando participou da conquista do Campeonato Catarinense ao lado do meio-campista Douglas, que depois passou por Grêmio e Corinthians, e também Gilmar Fubá, volante que já estava em fim de carreira e que morreu nesta semana. Embora tenha celebrado o Estadual, o atacante também amargou o rebaixamento para a Série C do Brasileiro daquele ano, sendo titular em várias partidas pelo Tigre.

Na temporada seguinte, Éder acabou sendo negociado com o Empoli, da Itália, por 550 mil euros, de acordo com o site “Transfermakt”, especializado em transações do mercado europeu. Lá, o atacante chegou a atuar pelo sub-19, foi emprestado ao Frosinone e retornou sendo o grande destaque do time, consagrando-se como artilheiro da Série B do Italiano, com 28 gols na temporada 2009/10. O brasileiro, porém, acabou não permanecendo na equipe, rodou por outras equipes menores, como Brescia e Cesena, até ser adquirido pela Sampdoria. No clube de Gênova, Éder viveu o seu auge ao longo de quatro temporadas, recebeu o convite para atuar pela seleção italiana e terminou a sua passagem com 135 jogos, 49 gols e 24 assistências, chamando a atenção da Inter de Milão, em 2016.

No gigante italiano, a revelação do Criciúma conviveu com outros brasileiros, como Miranda, Felipe Melo e Gabriel Barbosa. Este último, além de amigo, também foi seu concorrente por uma vaga no ataque. Na época, ambos brigaram por uma posição na beirada do campo, e o catarinense acabou levando a melhor na disputa com o jovem revelado pelo Santos. Tanto foi assim que Gabigol acabou sendo emprestado ao Benfica, antes de voltar ao futebol brasileiro. “Eu cheguei aqui na Itália ainda mais novo que o Gabriel e passei pelas mesmas dificuldades. Eu sei que o Gabriel é muito mais conhecido do que eu era no Brasil, ele saiu do Santos, foi muito bem no Brasileirão, mas aqui o futebol é realmente muito diferente”, disse Éder, na época, comentando sobre a falta de oportunidades ao companheiro. No entanto, ele não conseguiu emplacar, oscilou bastante na Inter e registrou números modestos  —  foram 14 gols e 8 assistências nas 86 partidas realizadas com a camisa do time de Milão. Na metade de 2018, o atacante aceitou a proposta do Jiangsu Suning, onde conseguiu a regularidade que tanto almejava. No conjunto chinês, ele disputou 60 jogos, marcou 35 vezes, deu 15 passes para gol e foi fundamental na conquista do Nacional da temporada passada. Lá, também reencontrou Miranda, zagueiro que foi importante para a sua contratação pelo São Paulo.

No Tricolor paulista, Éder disputará posição com Pablo e Luciano. Como possui qualidade de um segundo atacante, mas também pode jogar mais à frente, como um centroavante, o veterano se encaixa em qualquer posição de frente no sistema de Hernán Crespo, armado no 3-5-2. A procura da diretoria são-paulina, inclusive, era por um jogador versátil, de movimentação e que pudesse dar mais peso ao setor ofensivo. Agora, basta ver se o jogador atenderá às expectativas da torcida, sedenta por uma taça há oito anos e que não costuma “aliviar” nas críticas.

 

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