Palmeiras exemplo e Santos notificado: advogado relata situação salarial dos clubes

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2015 10h11
SÃO PAULO, SP, 19.07.2015: PALMEIRAS-SANTOS - Leandro Pereira comemora gol na partida entre Palmeiras X Santos, neste domingo (19) no Allianz Parque na zona oeste de São Paulo, pela 14ª rodada do Campoeonato Brasileiro 2015. (Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress) Folhapress De acordo com o advogado do Sindicato dos Jogadores

Atraso nos pagamento de salários é um dos temas recorrentes no noticiário esportivo no Brasil. Clubes em débito com seus jogadores é uma triste realidade no futebol brasileiro e para o advogado do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, essa questão afeta diretamente o desempenho dos atletas dentro de campo. Em entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan, Dr. Filipe Rino elogiou a postura do Palmeiras que tem cumprido suas obrigações e usou o Santos como exemplo para mostrar como os salários em dia podem ajudar o clube dentro de campo.

“Hoje infelizmente o atraso é geral. O Palmeiras é um exemplo positivo, é o time que desde o inicio da temporada vem honrando seus compromissos. Durante o Brasileiro, tivemos que notificar o Santos que estava com atraso muito grande, tivemos que denunciá-lo ao STJD, após a denúncia, o Santos efetuou o pagamento, até por causa do novo dispositivo no regulamento desse ano em que os clube podem perder pontos”, destacou o advogado.

Com sérios problemas financeiros especialmente no início do ano, o Santos teve que se esforçar para quitar o que devia aos seus jogadores. Antes candidato ao rebaixamento, o Peixe hoje é forte candidato para conseguir uma vaga na Libertadores e para Filipe Rino, o bom desempenho está diretamente ligado ao fato das contas estarem em dia.

“Quando coloca os salários em dia, acaba beneficiado. O Santos brigava na zona de rebaixamento, efetuou o pagamento e hoje briga no G4 e é finalista da Copa do Brasil. Essa estabilidade salarial dos atletas deixa eles mais focados para entrar em campo”, afirmou.

O advogado ainda revelou uma triste realidade no futebol do interior. Felipe destacou que no último Campeonato Paulista, fora muitas as notificações feitas pelo sindicato a clubes que atrasaram salários.

“Durante o campeonato paulista, nas séries A1, A2 e A3, tivemos que entrar com 200 ações trabalhistas, um número muito grande e dá para ter ideia do tamanho da inadimplência”, explicou.

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