Pelo trono do futebol: os cinco candidatos que concorrem à presidência da Fifa
Cinco homens concorrem ao cargo de presidente da Fifa na eleição que será realizada na próxima sexta-feira (26) em Zurique, na Suíça. Gianni Infantino, Jérôme Champagne, Ali Bin Al-Hussein, Salman bin Ebrahim Al-Khalifa e Tokyo Sexwale são os candidatos que “sobraram” da corrida eleitoral para ocupar o lugar outrora ocupado por Joseph Blatter.
Suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa, Michel Platini, ex-presidente da UEFA e antigo favorito ao pleito, não poderá concorrer. Com isso, o francês abre caminho para o suíço Gianni Infantino, ex-secretário-geral da UEFA que conta com apoio de federações e é o favorito na eleição.
A disputa se dará por meio do voto das federações nacionais dos 209 países filiados à Fifa. Caso um dos candidatos atinja dois terços dos votos, não será necessária a disputa de novos turnos. Caso isso não aconteça, os últimos colocados são eliminados até que um dos nomes atinja 50% dos votos mais um.
Confira o perfil dos cinco homens que desejam comandar a Fifa a partir de 2016:
– Gianni Infantino (Itália-Suíça, 45 anos)
Secretário-geral da Uefa desde 2009, Infantino é considerado o grande favorito para assumir a presidência da Fifa.
Será o candidato da confederação europeia, uma vez que Michel Platini não pode garantir presença no pleito, e terá também o apoio da Concacaf, que rege as Américas Central e do Norte, e da Conmebol, organização da América do Sul,o que inclui um provável voto da CBF.
Advogado de profissão, está na entidade continental desde agosto de 2000, quando passou a desenvolver trabalhos relacionados com assuntos jurídicos, comerciais e profissionais. Quatro anos depois, foi nomeado diretor de assuntos legais e licenças de clubes.
Infantino se tornou secretário-geral em outubro de 2009. Atualmente, também é integrante da Comissão de Reformas da Fifa, criada depois do escândalo de corrupção deflagrado em maio deste ano.
– Ali Bin Al-Hussein (Jordânia, 40 anos)
Presidente da Federação Jordaniana desde 1999 e fundador da Federação de Futebol da Ásia Ocidental em 2000.
O princípe foi o único rival de Blatter nas últimas eleições realizadas em 29 de maio de 2015, em que se retirou da disputa após primeira votação que teve o suíço com 133 votos, 60 a sua frente, o que forçava um segundo turno.
Filho do rei Hussein e irmão do rei Abdullah, Ali foi o integrante mais jovem do Comitê Executivo da Fifa, do qual não faz mais parte. Em 2012, em nome da Confederação Asiática, liderou uma iniciativa para que a International Board autorizasse o uso do véu (hiyab) no futebol feminino, e iniciou o Projeto de Desenvolvimento de Futebol da Ásia.
– Jérome Champagne (França, 57 anos)
Ex-secretário-geral adjunto da Fifa, tendo trabalhado na entidade entre 1999 e 2010, Champagne se autodenomina o mais independente e “latino americano” entre os concorrentes na eleição. Para vencer, conta com o apoio de grandes nomes do futebol, como Pelé e Roger Milla.
Tentou se lançar candidato na última eleição da Fifa, mas não chegou a formalizar a intenção, por não ter conseguido aval de cinco federações nacionais.
Fez carreira como diplomata em países como Brasil (de 1995 a 1997), Estados Unidos, Cuba e Omã, trabalhou como colaborador durante sete anos da revista “France Football” e fez parte do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 1998.
No documento de apresentação da candidatura, Champagne garante que seu trabalho na Fifa foi “interrompido”, com a exclusão motivada por “pressões internas e externas”, em 2010.
– Sheik Salman bin Ebrahim Al-Khalifa (Bahrein, 50 anos)
Membro da família real de Barein, é presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) desde 2013 e vice-presidente da Fifa desde então.
Foi um dos maiores apoiadores da candidatura do Catar como sede da Copa do Mundo de de 2022. Atualmente, faz parte do Comitê de Finanças e Estratégico da Fifa, após ter sido parte do Comitê Organizador do Mundial disputado no ano passado no Brasil e de presidir a comissão disciplinar do Campeonato Mundial de Clubes, em 2008, no Japão.
A candidatura do sheik foi rejeitada por organizações de defesa dos direitos humanos, que o acusam de envolvimento em crimes contra a humanidade, por colaborar na perseguição de atletas que participaram de manifestações pró-democracia no Bahrein. O dirigente nega as acusações.
– Tokyo Sexwale (África do Sul, 62 anos)
Empresário, antigo ativista contra a política de segregação racial e prisioneiro em Robben Island durante 13 anos, junto com Nelson Mandela no período do “apartheid” na África do Sul.
Foi ministro da Habitação do governo de Jacob Zuma, integrante do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2010 e atualmente é assessor da Fifa contra o racismo, além de ter conduzido as conversas de conciliação entre as federações de Israel e Palestina.
Sem contar com um apoio importante de confederações nacionais, Sexwale é considerado o candidato com menos chances de vencer a eleição.
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