Ricardo Teixeira recebeu propina para influenciar escalação da Seleção Brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2015 21h42
ORG XMIT: 524201_0.tif RIO DE JANEIRO, RJ - 17 DE MAIO DE 2007: O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o técnico Dunga (d) convocam a seleção brasileira para os amistosos contra a Inglaterra e a Turquia, no Rio. (Foto: Rudy Trindade/Folhapress) Folhapress Ricardo Teixeira teria influenciado a Seleção para que seus melhores jogadores fossem escalados na Copa América

Esta quinta-feira tem sido um dia agitado nos bastidores da administração do futebol pelo mundo, especialmente no Brasil. Depois das prisões de dirigentes da Fifa e da acusação de cartolas brasileiros pelo FBI, uma nova descoberta das autoridades americanas põe em cheque o trabalho de campo da Seleção Brasileira.

O Departamento de Justiça dos EUA revelou, em sua investigação, que Ricardo Teixeira, presidente da CBF entre 1989 e 2012, usou de sua influência para que os treinadores da Seleção sempre escalassem os “melhores jogadores”. Em troca disto, recebeu propinas em dólares.

Em reportagem de O Estado de S. Paulo, o correspondente e colaborador da Rádio Jovem Pan informa que a escalação dos atletas mais badalados era determinada por parceiros comerciais da CBF. Caso os mais requisitados não entrassem em campo, deveriam ser substituídos por jogadores com o “mesmo valor de marketing”.

A empresa Traffic, de José Hawilla, era a que mais exercia essa influência sobre a CBF. Dona dos direitos de transmissão da Copa América, ela queria garantir que os melhores jogadores fossem escalados para poder vender esses direitos por valores mais altos.

Além da Seleção Brasileira, Hawilla também teria pagado “milhões de dólares por edição da Copa América para que a AFA colocasse em campo seus melhores jogadores” da seleção argentina, segundo documento da justiça americana. No meio do mar de denúncias de corrupção que surpreendeu o mundo em 2015, esta é a primeira que se refere a um caso de influência direta nas decisões de dentro do campo.

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