Romário exalta prisão de Marin e diz que espera Blatter atrás das grades

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 12h23
Reprodução Prisão de Marin e outros dirigentes confirmam que acusações nunca foram levianas

Romário não poupou adjetivos fortes e críticas aos principais dirigentes do futebol mundial, depois da série de prisões feitas em um hotel de Zurique, na Suíça, em operação deflagrada a partir de investigações da justiça dos Estados Unidos sobre um esquema de corrupção na Fifa.

“Muitos dos corruptos, ladrões que fazem mal ao futebol, foram presos, inclusive um dos maiores do país, no que se refere ao esporte, José Maria Marin. Essa prisão já é o início de um grande futuro para o nosso futebol, especialmente nessa maior entidade, que é a CBF, a mais corrupta do nosso futebol”, disse o agora senador.

“Infelizmente, não foi nossa polícia que prendeu, mas alguém tinha que prender um dia. Ladrão tem que ir para a cadeia”, completou.

A fala do Baixinho foi feita em uma sessão da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, a qual preside e que discutiria os rumos do futebol feminino no país.

“Inclusive, um dos motivos pelos quais a CBF nunca se interessou pelo assunto é porque o futebol feminino não dá lucro. E onde não dá dinheiro, eles não podem roubar, não podem enriquecer ilicitamente, então não apoiam como deveriam fazer”, afirmou.

Além de elogiar o FBI e a polícia suíça pela operação deflagrada hoje, que resultou na prisão de sete dirigentes, entre eles Marin, Romário voltou as baterias contra o atual mandatário da CBF.

“Eu espero que isso repercuta positivamente e que estas ações entrem definitivamente na América do Sul e no Brasil para a gente limpar do nosso futebol desses corruptos, como por exemplo, o Marco Polo del Nero, que é o atual presidente da nossa Confederação Brasileira de Futebol”, disparou.

Outro que não passou pelo pronunciamento do senador sem ser poupado foi Joseph Blatter. Romário confessou que espera a prisão do principal líder do futebol mundial, que tenta emplacar o quinto mandato como presidente da Fifa.

“Existe a expectativa, pelo menos minha, de que o presidente Blatter também seja preso. Que definitivamente a gente coloque no comando dessas instituições pessoas que são dignas e que, realmente, querem ver o futebol caminhando como deve caminhar”, afirmou.

Hoje, duas ações judiciais foram deflagradas por conta da realização do Congresso da Fifa, que começaria hoje e acontecerá até a próxima sexta-feira.

O primeiro procedimento se encontra em mãos da Procuradoria Geral da Suíça, que foi iniciado em novembro, a pedido da própria Fifa, por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e 2022 no Catar.

A segunda investigação foi iniciada pela promotoria de Nova York, por suposto pagamento de subornos – de até US$ 100 milhões – a dirigentes da Fifa, em troca de que certas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e marketing de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte. 

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