Romário rebate críticas e chama Gilmar Rinaldi de “jogador e empresário medíocre”

  • Por Agência Estado
  • 29/09/2015 13h49
Reprodução/Site Oficial/Agência Senado Romário destacou que Platini tem envolvimento em esquemas na Fifa

O senador e ex-jogador Romário respondeu nesta terça-feira (29) as declarações do coordenador técnico da Seleção Brasileira, Gilmar Rinaldi, e do técnico Dunga, que revelaram na noite de segunda, em entrevista ao programa Bem, Amigos!, do SportTV, que vão entrar na Justiça contra o senador.

Em longo texto nas redes sociais, Romário manteve o que disse sobre supostos interesses que existem nas convocações da seleção brasileira e citou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo. 

“Estão me pedindo provas, não preciso ir muito longe, o jornal O Estado de S. Paulo tornou público um contrato da CBF com a empresa a ISE, para a realização de amistosos da Seleção Brasileira”, escreveu Romário. “Onde ficam os critérios técnicos? Quem define quais jogadores convocados? O técnico ou os parceiros comerciais?”, questionou.

A reportagem apresenta documentos que comprovariam que as listas de jogadores convocados precisariam atender a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais da CBF. E qualquer substituição precisaria ser realizada em “mútuo acordo” entre a entidade e empresários. 

Durante a entrevista na noite de segunda-feira, Dunga disse que Romário dispara para “todos os lados” e que ele teria de “trazer os fatos” que comprovariam irregularidades na convocações. Gilmar ainda desafio Romário a abrir seu sigilo bancário e disse que o senador fizesse isso ele mostraria suas contas.

Romário não gostou e foi duro: “Sobre mim não pesam suspeitas”, escreveu o senador, que também criticou a carreira de empresário de Gilmar antes de assumir o cargo na seleção. “Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador da República, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre”, atacou. 

O senador questionou o trabalho de Gilmar como empresário antes de ser contratado pela CBF. “Tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Gilmar Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo”. 

“Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar seus iguais, pessoas iguais a ele”, declarou Romário.

 

Em uma entrevista ao jornal Gazetta Dello Sport fiz duras críticas à convocação de jogadores na Seleção e mantenho minha posição. As convocações têm sido motivadas por forte interesse financeiro. Estão me pedindo provas, não preciso ir muito longe, o jornal O Estado de S. Paulo tornou público um contrato da CBF com a empresa a ISE. Está explícito no contrato que a lista de jogadores convocados atende a critérios estabelecidos pelos parceiros comerciais e qualquer substituição precisa ser realizada em “mútuo acordo” entre CBF e empresários. O contrato deixa claro: o jogador que substituir um “titular” precisa ter o mesmo “valor de marketing’ do substituído. Onde ficam os critérios técnicos? Quem define quais jogadores convocados? O técnico ou os parceiros comerciais? Sobre Gilmar Rinaldi, tenho todo direito de afirmar que ele não deveria ocupar o cargo de coordenador da seleção brasileira. Até um dia antes dele ser anunciado para a função, Rinaldi era empresário de jogador de futebol. Não acredito na isenção dele para o cargo. Ontem, em um programa, ele afirmou que abriria o sigilo bancário dele se eu abrisse mão da minha “imunidade parlamentar” e abrisse minhas contas. Cabe esclarecer diante da total ignorância deste senhor sobre a imunidade parlamentar. A Constituição Brasileira preconiza: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Ou seja, imunidade parlamentar não tem nenhuma relação com a abertura do meu sigilo bancário. Sobre mim não pesa suspeita. Gilmar Rinaldi tem que se colocar no lugar dele. Sou senador, legitimado por quase 5 milhões de pessoas, enquanto ele foi indicado para um cargo em uma entidade corrupta depois de ter sido um jogador e empresário medíocre. Ele só ocupa o cargo de coordenador da seleção porque foi indicado por pessoas como José Maria Marin, que está preso na Suíça, e Marco Polo Del Nero, outro alvo do FBI. Ele tem que desafiar os iguais a ele.

Uma foto publicada por Romário Faria (@romariofaria) em

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