COI interrompe investigação sobre atleta que protestou no pódio da Tóquio-2020
Atleta do arremesso de peso feminino, apelidada nas redes sociais como Mulher-Hulk, se manifestou ao levantar os punhos em forma de X
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou na manhã desta quarta-feira, 4, que interrompeu temporariamente a investigação sobre Raven Saunders, atleta dos Estados Unidos que protestou em cima do pódio nas Olimpíadas de Tóquio-2020. De acordo com a entidade, a decisão acontece após a medalhista de prata no arremesso de peso receber a notícia da morte de sua mãe. “Como vocês ouviram, houve uma triste notícia da morte da mãe dela nesta noite. O COI obviamente presta condolências a ela e toda sua família. Por causa dessas circunstâncias, o processo está, neste momento, totalmente suspenso”, disse Mark Adams, porta-voz do COI.
A atleta do arremesso de peso feminino, apelidada nas redes sociais como Mulher-Hulk, protestou ao levantar os punhos em forma de X. Ela é conhecida por ser lésbica e militar a favor das causas LGBTQIA+. Essa foi a primeira manifestação em pódio nas Olímpiadas de Tóquio. De acordo com Sanders, o ato aconteceu em prol de oprimidos dentro e fora do esporte e significa que esse é o X é o local onde os oprimidos se encontram. Para ela, o símbolo foi uma maneira de expressar que os atletas oprimidos lidam com muito mais fardos dentro e fora do esporte. De acordo com apuração da Jovem Pan, o COI anunciou pouco antes dos Jogos começarem que poderiam haver alguns tipos de protestos. Porém, não políticos — nem na abertura, encerramento, durante a disputa ou no pódio. A manifestação ainda pode resultar na punição de Saunders, que faz parte de um grupo de pelo menos 180 atletas da comunidade LGBTQIA+ que está nas Olímpiadas de Tóquio.
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