Tunísia pedirá investigação sobre erros a favor da Guiné Equatorial

  • Por Agência EFE
  • 03/02/2015 16h11
Reprodução/Site Oficial A Tunísia foi eliminada pela Guiné Equatorial na prorrogação das quartas de final

A Federação Tunisiana de Futebol pedirá à Confederação Africana (CAF) para abrir “uma investigação séria” sobre os erros de arbitragem na partida de quartas de final da Copa Africana de Nações em que a Guiné Equatorial, seleção anfitriã, eliminou a Tunísia, informou a agência tunisiana de notícias.

Os tunisianos reclamam de um pênalti duvidoso marcado a favor da Guiné Equatorial no primeiro minuto de acréscimo do segundo tempo pelo árbitro Rajindraparsad Seechurn, de Ilhas Maurício. Com o gol convertido, os donos da casa levaram a partida para a prorrogação e venceram com um gol de falta de Javier Balboa.

Imprensa, torcedores e jogadores tunisianos classificaram a atuação do árbitro como “roubo escandaloso” e direcionaram as críticas ao ditador guineano, Teodoro Obiang, e no presidente da CAF, o camaronês Issa Hayatou.

“O futebol africano é assim. Hoje jogamos contra o presidente do país anfitrião e, certamente, contra Issa Hayatou. Precisa dizer mais alguma coisa? Alguns jogadores não têm experiência suficiente na África. Não sabem o que essas pessoas são capazes de fazer”, declarou após a partida o jogador tunisiano Ayman Mathlouthi, citado pela imprensa local.

A agência oficial de notícias tunisiana também informou nesta terça-feira que a Tunísia quer que sejam investigados os incidentes que ocorreram após o jogo, tanto no campo, que foi invadido pelos torcedores locais, como fora do estádio, onde houve agressões.

A imprensa local informaram nesta terça-feira que a Associação de Estudiantes e Estagiários da África na Tunísia (AESAT) denunciou uma “dúzia de ataques ” contra integrantes da comunidade subsaariana em Túnis após a polêmica eliminação.

“Essas ações não são isoladas. A comunidade negra foi frequentemente alvo de atos similares”, explicou a AESTAT, que denunciou “o racismo” sofrido pelos subsaarianos por uma parte da população na Tunísia.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.