Um ano depois de escândalo, Suíça completa extradição de dirigentes da Fifa

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/05/2016 13h25
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Divulgação/CBF José Maria Marin - Divulgação

Um ano depois de promover um verdadeiro tsunami no mundo do futebol com a prisão de dirigentes esportivos em Zurique, a Justiça suíça finalmente completa a extradição de todos os envolvidos no maior escândalo de corrupção do futebol. Nesta quarta-feira, o nicaraguense Julio Rocha foi extraditado aos Estados Unidos, onde responderá por acusações de corrupção.

Todos os nome de cartolas que haviam sido presos a partir de 27 de maio de 2015 pela polícia suíça a pedido do FBI agora foram extraditados, num processo lento e que se traduziu em uma batalha legal nos tribunais. 

Segundo um comunicado do Departamento de Polícia da Suíça, praticamente todos os presos aceitaram de forma espontânea sua extradição, na esperança de fechar um acordo de delação com a Justiça norte-americana, pagar uma multa milionária e encerrar o caso. 

A extradição espontânea aconteceu no caso de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf, Juan Napout, ex-presidente da Conmebol, Alfredo Hawit e no caso de Eugênio Figueredo, outro ex-mandatário da Conmebol, para o Uruguai. Já Eduardo Li, da Costa Rica, aceitou a extradição declarada por um tribunal suíço e não apresentou recurso. 

Em três casos, porém, os dirigentes optaram por questionar a extradição até a última instância do sistema judicial na Suíça: Rafael Esquivel, Costas Takkas e Julio Rocha. Em todos eles, porém, o Tribunal Penal do país rejeitou os recursos. Todos são acusados de corrupção e de terem manipulado o mercado de contratos no setor do futebol com exigências de pagamento de propinas. 

Segundo a polícia suíça, ainda que todos os nove dirigentes tenham sido extraditados, o caso continua em Berna, assim como a cooperação com os EUA. Os suíços indicaram que repassaram ao norte-americanos um vasto material de extratos bancários de cerca de 50 contas bancarias nas instituições financeiras do país. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, pelo menos três delas seriam controladas por Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF. 

Os dados foram repassados aos norte-americanos em dezembro e um total de US$ 80 milhões estão bloqueados em 13 contas identificadas como tendo sido usadas como forma de receber e pagar propinas.

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