Al Sisi adverte Blair sobre os riscos da ofensiva israelense em Gaza
Cairo, 12 jul (EFE).- O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, advertiu neste sábado ao enviado especial do Quarteto do Processo de Paz para o Oriente Médio, Tony Blair, dos riscos da escalada militar israelense em Gaza e as consequências que terá com relação às vítimas civis inocentes.
O porta-voz da presidência egípcia, Ihab Badaui, citado pela agência estatal de notícias “Mena”, informou que Al Sisi acrescentou que estas consequências estarão motivadas na “insistência”.
Por sua vez, Blair, que realizou hoje uma visita fugaz ao Cairo, pediu que israelenses e palestinos se contenham e respondam a todos os esforços sinceros que têm como objetivo a tranquilidade entre ambas as partes e o reatamento da trégua assinada entre Israel e o grupo palestino Hamas, que governa em Gaza, em 2012.
Blair acrescentou que a escalada de violência não beneficia lugar algum e não provocará mais do que um aumento do número de vítimas civis.
O britânico destacou, além disso, os esforços do Egito para resolver a situação e confiou uma maior credibilidade e capacidade para convencer ambas as partes para que alcancem um acordo de cessação da violência, acrescentou a “Mena”.
O presidente egípcio informou também que hoje voltou a abrir passagem que conecta o Egito com a Faixa de Gaza na cidade de Rafah, depois que foi fechada ontem, para receber e tratar os feridos palestinos em Gaza.
Além disso, Badaui acrescentou que Al Sisi reiterou a solidariedade do Egito com o povo palestino e o desejo de contribuir para satisfazer suas necessidades.
Segundo a “Mena”, hoje chegaram à Faixa de Gaza as 500 toneladas de alimentos e remédios que o Exército egípcio decidiu enviar ontem como assistência humanitária.
Depois da reunião com Al Sisi, Tony Blair abandonou o Cairo após uma visita de cinco horas rumo a Tel Aviv, como continuação de sua viagem pela região para acalmar a situação.
Mais de 100 palestinos morreram e 960 ficaram feridos nos cinco dias de bombardeios do Exército israelense em Gaza no marco da ofensiva “Limite Protetor”. EFE
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