Alemanha fechará hoje o envio de armas ao Iraque com protestos da oposição

  • Por Agencia EFE
  • 31/08/2014 04h46
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Berlim, 31 ago (EFE).- O governo da Alemanha definirá neste domingo os detalhes do envio de armamento aos curdos que lutam no norte do Iraque contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), um passo questionado pela oposição e pela maioria da população.

A chanceler, Angela Merkel, deve se reunir nesta tarde com os ministros de Defesa, Exteriores, Finanças, Desenvolvimento e Economia para fechar a operação, e depois terá um encontro com seus parceiros de coalizão, os conservadores bávaros da União Social-Cristã (CSU) e o Partido Social-Democrata.

O acordo será submetido a votação no Bundestag (câmara baixa), embora, por não se tratar de uma intervenção de tropas no exterior, a opinião dos parlamentares não será vinculativa.

Apesar de esperar respaldo de uma grande maioria – os conservadores e os social-democratas que apoiam a grande coalizão somam 504 cadeiras, e a oposição formada pelos Verdes e pela Esquerda, 127, o acordo é controvertido, ainda mais em um país que sempre se recusou enviar armas para zonas em conflito.

“Não pode ser que a chefe de governo e cinco ministros decidam em segredo que a Alemanha enviará armas a uma região em crise”, manifestou ontem o chefe do grupo parlamentar dos Verdes, Anton Hofreiter, em declarações ao jornal “Neuen Osnabrücker Zeitung”.

Na opinião do líder da Esquerda, Gregor Gysi, a decisão é “equivocada e contrária ao direito internacional”.

Segundo as últimas pesquisas, mais de 60% dos alemães também discordam do envio de armas.

O governo de Merkel avançou que não deve elevar o nível de alerta por atentado terrorista no país, uma decisão adotada pelo Reino Unido.

Segundo o Ministério do Interior, embora a Alemanha também esteja no ponto de mira dos terroristas islamitas, não há informações sobre planos concretos de ataques ao país. EFE

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